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Dívida da CGD? "É falso que tenha havido um perdão"

Em causa está a notícia de que a CGD perdoou uma dívida no valor de 66 mil euros.

Dívida da CGD? "É falso que tenha havido um perdão"
Notícias ao Minuto

09:46 - 14/04/23 por Notícias ao Minuto

Política Carlos Pereira

O deputado da Assembleia da República Carlos Pereira prestou, esta sexta-feira, esclarecimentos no âmbito da saída da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à TAP, referindo-se também à notícia de que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) terá, alegadamente, perdoado uma dívida ao deputado no valor de 66 mil euros.

"É falso que tenha havido um perdão, é falso que tenha havido incompatibilidade na minha participação na Comissão Parlamentar de Inquérito da CGD em 2016/2016, e é falso que tenha havido incompatibilidades ou favorecimento deste perdão", explicou.

O deputado confirmou a saída da CPI à TAP, justificando que esta ação é importante para "devolver tranquilidade" a esta comissão. "Os deputados têm de estar confortáveis para fazer aquilo que é preciso fazer, que é questionar e inquerir. É isso que o país precisa e espera", rematou, sublinhando o "sentido de responsabilidade" - tanto próprio como do grupo parlamentar do PS.

"O melhor que posso fazer é abandonar a CPI, dar-lhe tranquilidade necessária e voltar a focar o que é importante", atirou, notando que os portugueses precisam de saber respostas em relação a este assunto. O parlamentar reforçou ainda que era preciso acabar com "o clima de suspeição, insinuação e especulação" que está à volta da comissão.

Carlos Pereira rejeitou, ainda, que tenha decidido sair por antecipar um parecer desfavorável da comissão parlamentar de Transparência relativo à sua participação numa reunião com assessores governamentais e a presidente executiva da TAP na véspera de uma audição parlamentar.

Questionado pelos jornalistas sobre se tem condições para se manter como vice-presidente da bancada do PS. "Antes do clima de suspeição achava que tinha condições para manter-me na CPI. Obviamente que, as questões avolumaram-se e eu diria que os partidos de oposição tornaram insustentável essa participação. Penso que esta questão não tem nada a ver com as minhas funções de vice-presidência do grupo parlamentar", explicou, acrescentando, no entanto, que não era a "pessoa certa para responder a esta pergunta. 

Ainda quanto à saída da CPI à TAP, o responsável acabou por admitir que também saía devido a razões pessoais. "É muito difícil estar constantemente a ser o foco de uma CPI do qual o essencial não é, de facto, o coordenador do grupo parlamentar do PS. O essencial são muitas questões, como se tem visto. Estar todos os dias a ser o foco - por razões que eu acho injustas -, naturalmente, que me leva a ter feito uma reflexão e a fazer aquilo que me parece muito importante - que é proteger-me a mim e à minha família", justificou.

Em causa estaria um alegado 'corte' de 66 mil euros no pagamento de crédito à empresa da qual o político era avalista. O deputado participou ainda numa reunião em janeiro com o Governo e a CEO da TAP, na véspera de ser ouvida em audição Christine Ourmières-Widener. Carlos Pereira, coordenador do PS na comissão parlamentar de inquérito da TAP, desvalorizou a polémica em torno da reunião.

[Notícia atualizada às 10h27]

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