Para amanhã, dia 25 de Abril, na sessão solene de boas-vindas ao presidente Lula da Silva, o Chega vai "mostrar indignação a uma data que devia ser de todos e que foi propositadamente sequestrada", afiança André Ventura.
Para o deputado, era evitável colocar "um elemento nocivo que sabem que é divisivo da sociedade portuguesa" no Parlamento. Mais ainda, André Ventura, em entrevista à CNN, garante que o partido fará, nas ruas, "a maior manifestação de sempre contra um chefe de estado". Com o partido estarão brasileiros e ucranianos, garante. Sobre como atuará dentro do Parlamento, prefere não revelar.
Receber Lula numa sessão diferente da do 25 de Abril, diz, é uma "fantochada", porque "estarão presentes as mesmas autoridades, o mesmo cerimonial, no mesmo contexto, com meia hora de diferença".
"O poder em Lisboa quis provocar um conflito a 25 de Abril. Quis provocar o chega e humilhar um aparte do povo português, mas vai-lhes correr mal", assevera.
Já sobre a relação de Portugal com Brasil quando Bolsonaro estava ainda no poder, Ventura critica Marcelo Rebelo de Sousa, que quando foi ao Brasil, "encontrou-se primeiro com o opositor dele".
"Acha que isso é normal?", atira.
De lembrar que o líder do Chega indicou hoje que estão a ser tomadas medidas para evitar violência na manifestação contra a presença do Presidente brasileiro no Parlamento e criticou outros protestos na zona, alertando que podem ser "um barril de pólvora".
André Ventura afirmou que os voluntários estarão "espalhados por vários espaços da manifestação, em permanente gravação, para garantir que qualquer situação menos positiva possa ser depois identificada pelas autoridades e tratada devidamente".
O líder do Chega referiu também que esta manhã realizou-se uma reunião na Câmara de Lisboa preparatória entre o município, o partido e a polícia.
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