O líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, reforçou, esta terça-feira, durante o desfile de Abril, em Lisboa, que o regresso ao tradicional desfile do 25 de Abril significa que o partido não desistiu da "luta pela liberdade em Portugal e dos portugueses".
Ao contrário dos últimos dois anos, em que o partido liderado agora por Rui Rocha promoveu um desfile próprio neste dia após uma polémica com a comissão organizadora, desta vez a IL decidiu regressar às comemorações populares do 25 de Abril, tal como tinha feito nos dois primeiros anos da sua história.
Além "dos condicionamentos próprios da situação pandémica", segundo Rui Rocha, o partido sofreu "alguma resistência, em alguns momentos, à descida integral da avenida".
O líder partidário mostrou-se satisfeito pela "grande adesão" dos simpatizantes e membros da IL e também pela representação de várias comunidades de outros países.
"A rua é de todos, o 25 de Abril é de todos e a Iniciativa Liberal participa em todas estas celebrações com enorme entusiasmo", apontou, esclarecendo que "Portugal continua com um crescimento insuficiente". "É preciso por o país a crescer e, depois, obviamente, havendo um país que cresce, é possível ter uma sociedade mais livre e próspera".
Sobre o episódio de protesto do Chega na Assembleia da República, Rui Rocha sublinhou que "os atos dos populistas ficam com quem os pratica e são condenáveis". "E são condenáveis não só populistas, mas também aqueles que querem usar o populismo para as suas agendas políticas", rematou.
Recorde-se que o presidente da Assembleia da República avisou, esta terça-feira, durante a sessão solene do 49.º aniversário do 25 de Abril que "chega de insultos e de porem vergonha no nome de Portugal", depois dos deputados do partido liderado por André Ventura terem levantado cartazes durante o discurso do chefe de Estado brasileiro.
Mal o presidente do Brasil, Lula da Silva, iniciou a sua intervenção na sessão solene de boas vindas, os deputados do Chega levantaram-se e empunharam três tipos de cartazes, onde se liam "Chega de corrupção", "Lugar de ladrão é na prisão" e outros com as cores das bandeiras ucranianas.
Lula continuou o seu discurso durante mais alguns minutos, mas mal houve uma pausa, as bancadas à esquerda e do PSD aplaudiram entusiasticamente, enquanto os deputados do Chega batiam na mesa, em jeito de pateada, o que levou Augusto Santos Silva a intervir.
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