A deputada única do PAN, Inês de Sousa Real, considerou, acerca das declarações deste sábado do ministro da Infraestruturas, João Galamba, que o partido entende que "é preciso mais esclarecimentos, seja por parte do ex-adjunto, como também do próprio diretor do SIS".
"Não podemos continuar a ter uma conturbação política como a que temos vindo a assistir nos últimos tempos", sublinhou, em declarações à RTP3, acrescentando que "põe em causa a estabilidade e governação do país, ainda para mais num caso tão importante como o da TAP".
Segundo Inês Sousa Real, este "caso assume um escalar com contornos absolutamente bizarros".
"António Costa não se deve continuar a remeter ao silêncio", sugeriu, denotando que "seria o pior que podia fazer ao país". A partidária sugestiona ainda que o primeiro-ministro deve ainda "começar a reunir-se com mais regularidade com os partidos da oposição ao invés de continuar nesta posição isolada".
Não tendo ouvido todas as partes, Inês Sousa Real refere que "há um passo que tem de ser feito: o do contraditório". "Falta ouvir na Assembleia da República o ex-adjunto para efetivamente possa também ele ter oportunidade de prestar esclarecimentos".
Relembre-se que o ministro das Infraestruturas, João Galamba, está 'debaixo de fogo' depois de o seu nome ter sido posto em causa no âmbito da polémica que envolve a reunião entre a ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, e elementos do Partido Socialista (PS), que ocorreu a 17 de janeiro.
No encontro, a ex-responsável e socialistas combinaram perguntas e respostas para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) relativa à indemnização pela companhia aérea portuguesa à antiga secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis.
A polémica voltou a fazer correr tinta na sexta-feira quando o ex-adjunto do ministro, Frederico Pinheiro, exonerado esta semana, explicou que considera que as razões que levaram à sua saída se prendem com notas tiradas nessa mesma reunião, na qual representou o Governo.
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