Montenegro? "Surpreendente a dimensão da cambalhota fiscal que apresenta"
Em declarações na sede do partido socialista, Porfírio Silva ressalvou que "é difícil perceber como é que uma oposição que vê tudo mal, que não vê nada de positivo que os portugueses têm feito, pode contribuir para o futuro do país".
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Política Porfírio Silva
O dirigente do Partido Socialista (PS), Porfírio Silva, frisou, esta terça-feira, que o presidente do Partido Social Democrata (PSD) "não entendeu que há uma transformação estrutural na economia portuguesa mais baseada nas qualificações".
Em declarações na sede do partido socialista, em Lisboa, Porfírio Silva ressalvou que "é difícil perceber como é que uma oposição que vê tudo mal, que não vê nada de positivo que os portugueses têm feito, pode contribuir para o futuro do país".
Repescando algumas das ideias que o líder do PSD defendeu, o deputado socialista atira: "Montenegro não valoriza que o emprego está em máximos históricos, Montenegro não valoriza que o desemprego está em mínimos de 20 anos, não valoriza que o salário mínimo nacional aumentou 50% no período de António Costa".
Na ótica de Porfírio Silva "é surpreendente a dimensão da cambalhota fiscal que Montenegro vem a apresentar em nome deste PSD", considerando-a (até) "preocupante". "Parece que levou a linha do PSD para algo de permanente inconstância, aos 'zigs zags', um catavento politico consoante as circunstâncias", acrescentou.
No que diz respeito às ideais de Montenegro sobre fiscalidade, frisou ainda que "são uma verdadeira cambalhota política". "Na última proposta fiscal que o PSD apresentou disse: 'vamos tratar dos impostos para as empresas em 2023 e 2024 e, mais tarde, vamos pensar numa baixo do IRS para as pessoas'. Agora é tudo o contrário", assinalou.
Recorde-se que o presidente do PSD propôs, na segunda-feira, em Quarteira, no Algarve, uma redução ainda este ano das taxas do IRS em todos os escalões, menos no último, uma medida que seria financiada pelo excedente da receita fiscal.
Na tradicional Festa do Pontal que marca a 'rentrée' política dos sociais-democratas, Luís Montenegro avançou com um "programa global de reforma fiscal" do qual fazem parte "cinco medidas imediatas".
"O PSD não vai pôr em causa o equilíbrio das contas públicas", assegurou o líder do PSD, afirmando que há folga orçamental suficiente para tomar essas medidas, que considerou prioritárias.
Luís Montenegro aproveitou ainda para criticar os oito anos de governação do PS, concluindo que "o país está cada vez pior", dando como exemplo a existência na União Europeia de oito "países da coesão" cujo rendimento é superior ao português.
[Notícia atualizada às 12h40]
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