Numa nota enviada à agência Lusa, os dois deputados, da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional, afirmam que a visita decorre no âmbito da plataforma "United for Ukraine", por ocasião do dia da independência daquele país.
"Esta visita, paralela à do Presidente da República, contempla reuniões com membros do Governo Ucraniano, desde o Procurador-geral da República, o Ministro e o Vice-Ministro da Defesa e um encontro com deputados ucranianos", referem os dois parlamentares na nota enviada à Lusa.
Segundo Miguel dos Santos Rodrigues e Cristiana Ferreira, nas reuniões "deverá ser analisado o ponto de situação das operações militares e do fornecimento de equipamento às forças militares ucranianas, bem como outras iniciativas diplomáticas como a criação de um tribunal especial para a avaliação de crimes de guerra cometidos na Ucrânia".
Sobre as razões desta visita, o deputado socialista, citado na nota, afirma: "ver os efeitos da guerra de perto reforça a minha convicção de que Portugal, como aliado da Ucrânia, está do lado certo da história e que, por isso mesmo, devemos fazer tudo, a partir do Parlamento português, para apoiar o povo ucraniano na sua defesa e pôr fim a esta agressão criminosa e sem qualquer justificação".
A deputada do PSD considera também, na nota que "todos os contributos a favor da paz e da condenação da injustificável invasão do território ucraniano são importantes". "A nossa solidariedade para com o povo ucraniano, a nossa determinação no trabalho parlamentar contribuindo no sentido do restabelecimento da integridade territorial e da soberania da Ucrânia. Pela defesa da liberdade, da democracia e do estado de direito. É intolerável esta invasão e esta guerra", conclui.
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, iniciou também hoje uma visita de dois dias à Ucrânia para participar, entre outras iniciativas, nas comemorações do Dia da Independência, na quinta-feira, estando previsto um encontro com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, que será condecorado com o Grande-Colar da Ordem da Liberdade.
Leia Também: Marcelo adverte que qualquer solução que exclua Crimeia "é ruído"