O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, declarou que a sua candidatura às Presidenciais de 2026 é uma "possibilidade", mas "quando for a altura".
Questionado sobre se é candidato presidencial, em entrevista à SIC Notícias, Santana Lopes começou por dizer: "Não faço ideia", acabando por considerar que esta questão foi acelerada pela declaração de Luís Marques Mendes no seu espaço de comentário na SIC, no domingo.
"Eu tinha dito que sim, que admito essa possibilidade quando for a altura, sim. Tinha dito algo no mesmo sentido, embora não tão afirmativo. Por um lado, Luís Montenegro disse que não é altura para falar de Presidenciais e eu vou já dizer que não acho", afirmou o ex-primeiro-ministro, dando conta de que, se for mesmo um candidato, "faz sentido" anunciar "no meio do ano, junho, julho" do próximo ano.
"As pessoas têm de começar a fazer campanha, têm de correr o país", salientou.
Santana Lopes considera que as próximas Presidenciais "vão ser uma ocasião para fazer contas à vida no país" num período de "pós-Marcelo".
Referindo-se aos colegas sociais democratas Luís Marques Mendes, Paulo Portas, Durão Barroso e a si próprio - nomes que estão a ser avançados como possíveis candidatos - o autarca considerou que "são pessoas muito experientes" e que têm "muito a debater uns com os outros".
Contudo, referiu António Guterres, o atual secretário-geral das Nações Unidas, garantindo que se voltasse a estas 'lides', seria "um candidato fortíssimo para qualquer um de nós".
Santana Lopes declarou que "não considera que tenha avançado" com uma candidatura, mas referiu que "lhe faz muita impressão as relações entre Presidência e o Governo ao longo dos anos".
"O país precisa de um ciclo novo nessa matéria mas, se for candidato, falarei nisso na devida altura", disse ainda.
Marcelo na Universidade de Verão do PSD? "Tem significado"
Sobre a participação de Marcelo Rebelo de Sousa na Universidade de Verão do PSD, Santana Lopes salientou que "este gesto tem significado e o resto é conversa".
"Ao ir à Universidade de Verão do PSD é mais um episódio pequeno, não grave, mas que faz parte da contenda atual com o primeiro-ministro. Se ele estivesse em 'clima' de lua de mel política, como teve vários anos, com António Costa, ele não iria", assumiu.
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