Presidenciais? "Acho peculiar a forma como Montenegro fala do assunto"
Pedro Delgado Alves entende que assunto deve ser pensado, sobretudo "num cenário em que não há candidatos evidentes" e em que os "perfis em cima da mesa são diferentes de todas as eleições presidenciais" até então.
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Política PS
O deputado socialista Pedro Delgado Alves considerou "peculiar" a forma como o líder do PSD, Luís Montenegro, falou sobre as presidenciais de 2026, defendendo que faz sentido "pensar sobre o assunto" nesta altura.
Pedro Delgado Alves comentava o facto de, esta quarta-feira, Luís Montenegro ter afirmado que o PSD tratará das eleições presidenciais "mais ou menos daqui a dois anos", após ser interrogado sobre o assunto.
"Acho peculiar a forma como Luís Montenegro fala do assunto porque diz que só vai pensar disto daqui a dois anos, acho que para pensar disto talvez daqui a dois anos seja tarde, falar do assunto daqui a dois anos, exteriorizar a tomar decisões, mexer-se no tabuleiro daqui a dois anos parece-me o razoável", afirmou o deputado, durante o seu comentário no programa 'Linhas Vermelhas', da SIC Notícias.
Segundo o socialista, talvez não seja má ideia "pensar sobre o assunto", sobretudo "num cenário em que não há candidatos evidentes" e em que os "perfis em cima da mesa são diferentes de todas as eleições presidenciais que tivemos até agora".
Já antes, após referir que não discordava do facto de que os outros partidos se devem centrar "na eleição partidária que se segue" e em "fazer oposição" ao Governo, o socialista ressalvou: "As presidenciais efetivamente são antes das legislativas", disse, numa referência ao facto de Paulo Portas ter defendido que a prioridade do espaço não socialista deve ser construir uma alternativa para suceder ao primeiro-ministro, António Costa, e não procurar um sucessor para o Presidente da República.
Ainda assim, lembrou que há ainda as europeias, as autárquicas e duas eleições regionais.
"Estar a antecipar uma discussão sobre as presidenciais é de facto, eventualmente, estar à procura de um outro tema na medida em que não se consegue ganhar pontos por outro lado", atirou.
"Não há memória de tão cedo num mandato do Presidente da República se começar a antecipar tantos cenários (...) Acho que o Presidente da República, para todos os efeitos, é muito cedo ainda para desaparecer, se quisermos, do radar político", considerou.
Recorde-se que a discussão sobre as presidenciais adensou-se depois de, no domingo, no seu comentário televisivo na SIC, Marques Mendes ter admitido uma candidatura a Belém.
Hoje, Montenegro recursou comentar eventuais candidatos e disse: "Não é nem o tempo nem o lugar para falar das eleições presidenciais. Conto falar disso mais ou menos daqui a dois anos".
Perante a insistência dos jornalistas, o líder social-democrata reiterou que, do ponto de vista partidário, o PSD conta "tratar desse assunto mais ou menos daqui a dois anos".
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