JPP quer acabar com "despesismo" do Governo Regional da Madeira
O cabeça de lista do Juntos Pelo Povo (JPP) às eleições legislativas madeirenses defendeu hoje a necessidade de "inverter os vícios" do Governo Regional (PSD/CDS-PP), que acusou de ser despesista e responsável por "tachos".
© Álvaro Isidoro/Global Imagens
Política Madeira
"No primeiro dia oficial [da campanha eleitoral] gostávamos de apresentar uma proposta que inverte praticamente os vícios deste governo, que é o maior, mais gastador e talvez o mais despesista da história da autonomia regional", afirmou Élvio Sousa numa iniciativa junto à igreja do Caniço, no concelho de Santa Cruz, à saída da missa.
O candidato às regionais de 24 de setembro sublinhou que o atual executivo regional, governado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, tem 10 secretarias, quando os anteriores tinham apenas metade.
Além disso, criticou o executivo por ter "arranjado mais cadeiras" nas administrações do Serviço Regional de Saúde (Sesaram), da Investimentos Habitacionais da Madeira e do Instituto da Administração da Saúde (IASaúde) "para sentar tachos do CDS e do PSD".
"A nossa proposta é, pelo menos, reduzir 10% a 15% logo nas despesas na administração pública" da região, destacou Élvio Sousa.
Este corte deve começar, por exemplo, pela Quinta Vigia, presidência do Governo Regional da Madeira, "onde só este ano as despesas de aquisição de bens e serviços subiram 93%".
Miguel Albuquerque, disse ainda o deputado regional, também "mandou aumentar o ISP [Imposto sobre Produtos Petrolíferos] para meter mais dinheiro no cofre da Quinta Vigia"
"São 87 milhões de euros que têm de ser redistribuídos por via do IRS, por exemplo, para a classe média", realçou.
A proposta do JPP -- que tem três deputados no arquipélago - é promover "uma redução do setor empresarial [público], uma redução da estrutura governativa da região para as cinco secretarias, melhor eficiência na gestão dos gastos, central de compras, redução de gorduras, de estudos de pormenor e assessorias externas".
Élvio Sousa mencionou que o corte nas nomeações políticas representaria uma poupança de 25 milhões de euros, indicando na Madeira "não existe um limite de assessores técnicos especialistas".
Na sua opinião, o atual executivo "não só empobreceu a classe média, mas está a enriquecer os 'boys' do PSD e do CDS".
"Isto não pode acontecer. Está tudo invertido e, portanto, urge fazer uma limpeza -- no bom sentido - destes vícios", concluiu.
As legislativas da Madeira decorrem em 24 de setembro, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
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