"O funchalense não devia pagar para entrar lá", afirmou Válter Rodrigues, em declarações à agência Lusa, no âmbito de uma visita que fez a algumas das praias do Funchal.
A comitiva do MPT esteve hoje na Ponta Gorda e na Doca do Cavacas, dois dos complexos balneares geridos pela empresa municipal Frente Mar, e também na Praia Formosa, gerida pela mesma empresa, mas cuja entrada é gratuita.
Para o partido, a entrada nos quatro complexos balneares pagos do Funchal (Barreirinha, Lido, Ponta Gorda e Doca do Cavacas) devia ser gratuita para os residentes na cidade.
O candidato manifestou preocupação, por outro lado, em relação ao acesso à Praia Formosa, para onde está previsto um projeto imobiliário, embora a autarquia já tenha assegurado o acesso gratuito.
"O problema é que nós não sabemos o preço que vai ser praticado no parque de estacionamento [previsto no projeto]", salientou Válter Rodrigues.
O também líder do MPT na região acrescentou que, se o preço "do parque de estacionamento for superior ao que se paga para ir, por exemplo, ao hospital, é insuportável para um madeirense ir àquela praia".
"Aquele parque tem de ser público, não pode ser privado", reforçou.
O empresário Válter Freitas Rodrigues, de 42 anos, estreou-se como candidato do MPT nas regionais de 2019 e estabeleceu como desafio para este ano eleger dois deputados.
Entre 2007 e 2015, o MPT estava representado na Assembleia Legislativa Regional com um deputado, mas nos últimos dois atos eleitorais não conseguiu eleger.
Nas regionais de 2019, o MPT obteve 507 votos (0,36%).
As legislativas da Madeira decorrem no domingo, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
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