"Seguimos a doutrina de Jesus Cristo, o nazareno, não queremos alinhar com as maiorias de direita, as maiorias burguesas que estão na Assembleia da República para fazer mal aos portugueses", disse, para logo realçar: "Nós preferimos, como dizia Jesus Cristo, o nazareno, entrar pela porta estreita, porque estreita é a porta que conduz à salvação".
O mandatário do Partido Trabalhista Português (PTP), cuja candidatura às eleições regionais de domingo é encabeçada por Quintino Costa, líder da estrutura regional, falava aos jornalistas no âmbito da campanha que hoje termina, junto ao edifício do Governo Regional da Madeira, no Funchal.
"Nós temos uma mensagem de esperança para o povo da Madeira e do Porto Santo: não se deixem enganar pelas sondagens, votem em consciência. Apelamos ao voto dos indecisos, dos cidadãos que já não acreditam na política, que dizem que são todos iguais", explicou.
José Manuel Coelho afirmou que os cidadãos devem seguir a indicação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, quando em tempos disse a uma cidadã, que se mostrava desiludida com a política, que mesmo assim devia votar para não perder o direito a reclamar.
"O maior partido que temos na Região Autónoma da Madeira é o partido da abstenção, dos indecisos. São com esses que nós contamos para, no próximo dia 24, elegermos um deputado do Partido Trabalhista", declarou.
O mandatário da candidatura do PTP considerou que "as pessoas estão cansadas da política e dos políticos", vincando que a luta do partido visa "reerguer a vontade dos eleitores".
"Com mais exuberância ou menos exuberância, a nossa mensagem vai passando, vai chegando aos eleitores", reforçou.
As legislativas da Madeira decorrem no domingo, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
O PTP teve três deputados no parlamento regional entre 2011 e 2015. No mandato seguinte ficou reduzido a um parlamentar e nas eleições de 2019 ficou fora do hemiciclo.
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