Menezes diz que europeias não vão ter consequências para PSD nem Governo

O ex-presidente do PSD Luís Filipe Menezes considerou segunda-feira que as eleições europeias de 2024 não vão ter consequências nem para o Governo nem para a liderança de Luís Montenegro porque "não interessam para nada".

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Lusa
26/09/2023 07:59 ‧ 26/09/2023 por Lusa

Política

Luís Filipe Menezes

"Eu gosto de ter os pés bem assentes na terra. Eu acho que as eleições europeias não interessam para nada aos portugueses, são um misto de voto de castigo com os tiriricas por aí", afirmou o também ex-presidente da câmara de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, numa sessão do Clube dos Pensadores na noite de segunda-feira.

No final da sessão, em declarações aos jornalistas, Luís Filipe Menezes salientou que só se houvesse "uma coisa descomunal" para o PS ou PSD aquelas eleições teriam relevância: "Se o PS saísse destas eleições com 20%, eu penso que o Presidente da República teria que tomar medidas, ou se o PSD saísse destas eleições com 20% os militantes do PSD teriam que tomar medidas", explicou.

"Eu acho que nada disso vai acontecer, que vão ser resultados mais ou menos equilibrados", referiu, defendendo que as eleições autárquicas assumem uma maior relevância.

 "As eleições autárquicas são bem mais importantes para o PSD do que as eleições europeias porque com este domínio que o PS tem há quase 20 anos, mais o facto de ter ganho as últimas três eleições autárquicas, consolidou um modelo que Portugal nunca tinha vivido, onde havia uma maioria de Governo havia outra nas autarquias e isso era um balanço", explanou.

Luís Filipe Menezes considerou que aquela "enorme concentração de poder num só partido no poder local e central não é nada saudável para a democracia" pelo que, defendeu, "o PSD deve poder fazer tudo o que puder para vencer" as eleições autárquicas de 2025.

Ainda sobre as próximas eleições autárquicas, novamente questionado sobre se se recandidatará à câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes respondeu que não mas deixou um aviso para o futuro: "Eu já disse há muito tempo que estava fora da vida política ativa, que não tinha intenção de ocupar cargos executivos, eletivos no futuro. É essa ainda hoje a minha intenção, ainda não mudei de opinião", disse.

"O sempre e o nunca são palavras malditas mas não é essa a minha intenção neste momento, o futuro dirá se eu mudarei de opinião ou não", alertou.

Leia Também: Eleições europeias. Governo destina 23,2 milhões para 29.000 computadores

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