"Qualquer pessoa que seja pela paz e humanista não pode deixar de acompanhar as palavras de António Guterres", escreveu esta tarde de quarta-feira, na rede social X, Inês de Sousa Real, líder do PAN.
Colocando-se do lado de Guterres, disse ainda que este "não só condenou o atos praticados pelo Hamas, como não fez um branqueamento da história e menos ainda incentivou a escalada do conflito, sob a pretensa 'autodefesa'".
Na terça-feira, na abertura de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, numa intervenção em inglês, Guterres considerou que "é importante também reconhecer que os ataques do Hamas não aconteceram num vácuo", acrescentando que "o povo palestiniano tem sido submetido a 56 anos de ocupação sufocante".
Qualquer pessoa que seja pela paz e humanista não pode deixar de acompanhar as palavras de @antonioguterres , que não só condenou o atos praticados pelo Hamas, como não fez um branqueamento da história e menos ainda incentivou a escalada do conflito, sob a pretensa "autodefesa". https://t.co/a28A50y4lR
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) October 25, 2023
Guterres defendeu que "as queixas do povo palestiniano não podem justificar os ataques terríveis do Hamas", assim como "esses ataques terríveis não podem justificar a punição coletiva do povo palestiniano".
Na mesma reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Eli Cohen, acusou António Guterres de estar desligado da realidade e de mostrar compreensão pelo ataque do Hamas de 7 de outubro com um "discurso chocante".
Na rede social X, ex-Twitter, o embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan, pediu a demissão imediata de António Guterres das funções de secretário-geral desta organização.
Hoje, Gilad Erdan anunciou a decisão de Israel de não conceder vistos a representantes da ONU, numa entrevista à Rádio do Exército israelita.
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