A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, marcou presença, na manifestação na defesa dos direitos da Palestina, que se realiza este domingo em Lisboa.
Questionada pela CNN Portugal sobre o que diria ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a líder bloquista foi assertiva: "Diria que é preciso a paz, um cessar-fogo, diria exatamente o que disse António Guterres. [Diria] Oiça o secretário-geral da ONU [Organização das Nações Unidas]. Defesa não é matar milhares de crianças".
Em declarações na Praça do Martim Moniz, onde a manifestação seguirá em direção à Praça do Município, Mortágua continuou esta ideia de que os ataques de Telavive não estão relacionados com a defesa do território.
"Defesa não é deixar pessoas a morrer à fome sem condições básicas de sobrevivência. Defesa não é matar representantes da ONU, jornalistas, profissionais que tentam ajudar aquele povo que está a ser massacrado. O genocídio não é defesa. É um crime internacional", afirmou, recordando o o pedido de cessar-fogo "imediato" de António Guterres, responsável que "é preciso ouvir"
"É preciso também reconhecer a declaração das Nações Unidas que declara dois Estados - e que a Palestina e o povo palestiniano têm direito à autodeterminação como um princípio basilar da paz no Médio Oriente. É pela paz que aqui estamos", atirou.
A líder partidária sublinhou ainda que os ataques do Hamas, do outro lado do conflito, são também condenáveis. "Condenamos todos os ataques a civis, todos os ataques de terror. As vilas valem todas o mesmo", notou.
Ainda quanto à falta de ajuda humanitária em Gaza, Mortágua considerou que esta é "o mínimo que é preciso para um território que é uma prisão a céu aberto". "Mais ou tão importante como a ajuda humanitária é criar condições para que ela chegue - e para isso é necessário um cessar-fogo imediato".
[Notícia atualizada às 16h09]
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