"Vencemos o socialismo em Lisboa, venceremos no país", garante Moedas

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa manifestou-se hoje convicto de que o PSD vai vencer as eleições legislativas de 10 de março, declarando que venceu o socialismo na capital e que também o fará a nível nacional.

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Lusa
25/11/2023 20:22 ‧ 25/11/2023 por Lusa

Política

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"Vencemos o socialismo em Lisboa, venceremos o socialismo no país", afirmou Carlos Moedas no seu discurso perante o 41.º Congresso do PSD, que decorre hoje em Almada, distrito de Setúbal.

Antes, em declarações aos jornalistas à chegada à reunião magna, o dirigente social-democrata disse que "não há dúvida de que o PSD vai ganhar estas eleições e que Luís Montenegro será o próximo primeiro-ministro de Portugal".

Já na sua intervenção, Moedas dirigiu-se ao presidente do PSD e apontou que Luís Montenegro mostrou "fibra, coragem e determinação" e deu "a cara, sem medo e sem hesitação", num dos "momentos mais desafiantes na vida do país".

"Quando dávamos a cara, quando Luís tu davas a cara, outros diziam não pagamos. Nós pagámos, fizemos, construímos, mudámos o país e tu estavas lá, na linha da frente, nunca devemos esquecer isso", defendeu, considerando que Luís Montenegro "não vacila sob pressão".

Apontando que os portugueses "sofrem de uma doença, chama-se socialismo", o presidente da Câmara de Lisboa considerou que "o PSD é a chave" e "a solução" para o país.

Carlos Moedas considerou que o "PS é o grande promotor dos extremistas, da extrema-esquerda à extrema-direita".

"Eu posso falar em liberdade porque nunca faria uma aliança nem com a extrema-esquerda, nem com a extrema-direita. Eles não podem dizer o mesmo", salientou.

Numa intervenção em que deixou várias críticas aos socialistas, o autarca afirmou que "o PS não quer igualdade de oportunidades, quer igualdade na pobreza".

Apontando que hoje não foi possível em Lisboa "entregar as medalhas da cidade aos militares que no 25 de Novembro [de 1975] deram a vida por Portugal" porque "o PS não quis", o presidente do município da capital acusou os socialistas de negarem "a sua herança, os seus fundadores, o papel dos comandos".

O PS "preferiu o extremismo, o radicalismo, à democracia", acrescentou.

"Mesmo depois de terem dado a sua palavra, romperam o acordo, e a democracia portuguesa precisa de partidos confiáveis. Sem partidos confiáveis é o populismo e o radicalismo que ganham", defendeu.

O dirigente do PSD acusou também o PS de querer "perpetuar-se no poder a todo o custo" e querer "decidir o que o PSD pode ou não fazer", decidir "com quem fala ou não fala", contrapondo que o PS "fala, negoceia e alia-se com todos", mesmo "com quem defende que Portugal deve sair da União Europeia e da NATO", numa referência ao BE e ao PCP.

Moedas sustentou igualmente que é necessário "afirmar bem alto que os únicos donos do país são as pessoas".

"Nós somos o partido da esperança. Vamos ser os ativistas moderados que derrotam os radicais", salientou, defendendo que o "país precisa" do PSD.

Carlos Moedas, que foi cabeça de lista ao Conselho Nacional no último congresso eletivo do partido, sustentou que é necessário "um PSD que dê esperança", que mostre que "é possível mudar o futuro, mudar o rumo, um PSD que mobilize as pessoas pelo futuro do país".

O presidente da Câmara de Lisboa respondeu também ao primeiro-ministro, referindo que anda "na rua todos os dias e nas farmácias", onde ouve queixas de que os portugueses "não têm médico de família, não têm consultas, não têm acesso a serviços de saúde".

"Graças à Câmara de Lisboa, aqueles com mais de 65 anos podem ter acesso a um médico 24 horas por dia", indicou, apontando também que a autarquia "mudou a vida a 2.500 pessoas" com apoios na área da habitação.

Destacando as medidas que tomou enquanto presidente da câmara, Carlos Moedas afirmou que baixou impostos, Lisboa é "das primeiras capitais do mundo com transportes gratuitos para mais novos e mais velhos" e destacou os postos de trabalho criados através da Fábrica de Unicórnios.

"O PS tem vergonha das empresas, e quando não tem tenta utilizá-las em proveito próprio. O PSD tem a missão de unir o país e trazer esperança aos jovens", defendeu.

No final da sua intervenção, Carlos Moedas foi aplaudido de pé pelo congresso e o presidente do partido juntou-se a ele no palco.

Leia Também: Moedas passa mensagem de estabilidade num "momento de crise política"

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