"Nós não queremos substituir [o representante da República] por outro nome, como mandatário da República, mas sim eliminar, porque obviamente a Madeira e os Açores não são colónias, são regiões de Portugal", disse.
Pedro Nuno Santos falava no Funchal, Madeira, no âmbito de um encontro com militantes e simpatizantes do PS, que contou com a participação do recém-eleito presidente da estrutura regional do partido, Paulo Cafôfo.
O candidato à liderança do PS classificou o cargo de representante da República como "figura ultrapassada", sublinhando que a autonomia foi um dos instrumentos mais importantes para o desenvolvimento das duas regiões insulares e, por isso, "tem que ser cuidada".
"A Madeira, tal como os Açores, acrescentam Portugal e nós temos uma zona económica exclusiva que é das maiores do mundo fruto das nossas duas regiões autónomas", declarou.
Pedro Nuno Santos disse ainda que uma futura Lei do Mar não pode ignorar a experiência e o conhecimento dos dois arquipélagos ao nível da sua gestão e defendeu que as regiões devem participar na definição da estratégica para o mar.
Às eleições diretas socialistas, agendadas para 15 e 16 de dezembro, apresentaram-se até agora três candidatos: o ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos, o atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e Daniel Adrião, dirigente da linha minoritária de oposição ao atual secretário-geral, António Costa.
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