Parlamento aprova pesar pela morte de antigo presidente da CIL José Carp

A Assembleia da República aprovou hoje por unanimidade um voto de pesar proposto pelo PSD e subscrito pelo PS pela morte do antigo presidente da Comunidade Israelita de Lisboa (CIL) José Carp, recordando-o como "um homem inteiro".

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Lusa
15/12/2023 13:12 ‧ 15/12/2023 por Lusa

Política

José Carp

Na mesma sessão, a Assembleia da República aprovou também por unanimidade um voto de pesar apresentado pela Comissão de Cultura pela morte do antigo remador olímpico Carlos Almeida de Oliveira, que faleceu no passado da 03 de outubro, aos 80 anos de idade.

O voto do PSD relativo a José Carp recorre às palavras da CIL para lembrar um "judeu português, patriota, que amava imensamente o seu país, homem culto e afetuoso, dedicado à sua comunidade, conciliador, um homem que a ninguém deixava indiferente pela gentileza e elevação no trato".

"A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento de José Oulman Carp, um homem inteiro, bondoso e profundamente íntegro, endereçando à família e amigos as mais sinceras e sentidas condolências", refere o texto na sua parte resolutiva, a que assistiu nas galerias o embaixador israelita em Lisboa e representantes da CIL.

Membro da CIL desde sempre, José Carp assumiu funções dirigentes da Comunidade a partir da década de 1980, integrando várias direções em diferentes mandatos.

Nascido em 26 de Fevereiro de 1943, José Oulman Bensaúde Carp descendia de duas importantes famílias judaicas portuguesas: originários de Marrocos, os Bensaúde de quem o antigo Presidente da República Jorge Sampaio era também membro.

Quanto ao outro voto, a Comissão de Cultura lembra que Carlos Almeida de Oliveira foi remador olímpico, antigo campeão nacional, representou Portugal nos Jogos Olímpicos Munique 1972, e era popularmente conhecido como Carlos "Bóia".

"Nascido no Bairro Velho da CUF, na cidade do Barreiro, em 12 de setembro de 1943, o destacado atleta em variadas modalidades, deixa uma marca de relevo no desporto português", realça o voto.

Aos 16 anos, na doca da CUF, instituição a que ficou ligado como trabalhador (na metalomecânica pesada, como caldeireiro), iniciou a prática do remo, tendo conquistado ao longo da sua carreira diversos títulos nacionais e internacionais nesta modalidade desportiva, tendo, ainda, praticado modalidades como o judo, a luta greco-romana, o atletismo, o hóquei em patins, a vela e o futebol.

No que diz respeito a títulos, destacam-se as quatro vezes campeão nacional de luta, às quais se juntam seis internacionalizações, tendo ainda conquistado outros tantos destaques enquanto judoca.

No remo, recolheu mais de 60 títulos ao serviço da CUF, baluarte nacional ao nível do remo, em campeonatos nacionais, bem como luso-brasileiros e mundiais, tendo contabilizado 143 internacionalizações e a conquista, em 2004, do título mundial de remo, na categoria de veterano, aos 61 anos, em 2002, da medalha de bronze e, em 2003, da medalha de prata, nesta mesma categoria.

"A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu pesar pela morte de Carlos Almeida de Oliveira, Carlos 'Bóia', destacado atleta em variadas modalidades, remador marcante, premiado com títulos nacionais e internacionais, que encontrou no desporto a sua paixão maior e a fez valer com o nome de Portugal, endereçando à família e amigos as suas sentidas condolências", refere o voto.

Leia Também: Parlamento lamenta mortes de Maria João Quadros e Nuno Graciano

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