"Não vou comentar resultados parciais que, do meu ponto de vista, nem deviam ser conhecidos, porque, como aliás acontece nas eleições gerais, acaba por ser uma forma de condicionamento. Por isso mesmo, não quero comentar resultados parciais", afirmou, depois de ter votado na sede do PS/Baião, concelho do distrito do Porto, de onde é natural e onde foi presidente da câmara.
Questionado pelos jornalistas sobre os resultados já conhecidos, relativos às eleições realizadas na sexta-feira em vários distritos do país, que apontam para uma vantagem de Pedro Nuno Santos, Carneiro afirmou: "Hoje votam 60% dos militantes, o que significa que a grande parte dos militantes exprimem hoje a sua vontade".
O candidato disse haver necessidade de respeitar a vontade dos militantes, que "estão hoje, de uma forma livre e democrática, a exprimir a sua vontade".
"Desejamos que [a votação] seja tão democrática quanto possível. Confio muito no voto livre de cada cidadão e também de cada militante", rematou.
Na concelhia de Baião, encontravam-se 224 militantes em condições de votar.
À porta da sede, pouco antes do momento da votação de Carneiro, que aconteceu cerca das 16:00, podia ver-se uma longa fila de militantes para votar, incluindo Paulo Pereira, o presidente da câmara que sucedeu a José Luís Carneiro.
O candidato deixou depois uma mensagem aos militantes que estão a votar neste sábado, apontando ao futuro: "Aqui estamos e aqui vamos continuar a estar, essa é a mais importante palavra que posso deixar àqueles que ontem e hoje confiam no nosso percurso e num ideal de serviço ao nosso país".
Questionado pelos jornalistas sobre o que pretendia dizer, em concreto com a expressão "estamos e aqui vamos continuar a estar", respondeu: "Independentemente dos resultados, estamos aqui e vamos continuar a estar no futuro, aqui e em todo o país".
Para Carneiro, o facto de haver 60 mil militantes num ato eleitoral com três candidaturas é um sinal grande de vitalidade e da grande energia que tem o partido.
"O PS é o grande partido da sociedade portuguesa, no qual os portugueses confiam para ser fator de estabilidade, de previsibilidade e de confiança na democracia", reafirmou.
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