Costa diz que "PS está mais unido do que o PSD" e promete não "assombrar"
António Costa e Pedro Nuno Santos estiveram reunidos na sede do PS, em Lisboa. Após a reunião, o governante afirmou que o seu sucessor tem mais experiência do que o líder da oposição e deixou a garantia de que não será uma "sombra" do partido.
© Lusa
Política Partido Socialista
O primeiro-ministro, António Costa, já esteve reunido com o novo secretário-geral do Partido Socialista (PSP), Pedro Nuno Santos, a quem felicitou pela vitória. Em declarações aos jornalistas, o governante afirmou ainda que se colocou "ao dispor, como militante do PS, para aquilo que for útil para o futuro" do partido e do país.
"O PS cumpriu a sua boa tradição de se afirmar como um partido plural e de liberdade", acrescentou, agradecendo a todos os militantes "pela forma empenhada com que se mobilizaram" na eleição interna.
"Todos estamos unidos para garantir que, a partir do dia 10 de março, haverá uma continuidade com uma nova energia e um novo impulso daquilo que tem sido o ciclo de governação do Partido Socialista", frisou.
António Costa garantiu que continuará "focado" na sua "missão" de primeiro-ministro até 28 de março. Já como militante do PS, manifestou-se disponível para "aquilo que o PS achar útil" e apontou que as eleições internas foram "positivas" para o partido.
Reconhecendo que o PS "teve momentos bons e teve momentos menos bons", António Costa considerou que o partido vai "fazer mais e melhor" com Pedro Nuno Santos.
"O Pedro Nuno Santos vai ter de enfrentar eleições em pouco mais de três meses. Felizmente, é uma pessoa com uma grande experiência política, quer como dirigente partidário, quer como membro do Governo", defendeu.
E foi mais longe: "Se compararmos a experiência política [de Pedro Nuno Santos] com a experiência do líder da oposição [Luís Montenegro], percebemos a gigantesca diferença que existe quanto ao grau de preparação".
"O PS está seguramente muito mais unido depois destas eleições do que o PSD ao fim de vários anos de liderança de Luís Montenegro", atirou.
António Costa prometeu, como ex-secretário-geral, não andar a "assombrar ninguém". "Cada um que chega é natural que faça diferente. E eu não estarei cá a assombrar ninguém para que não faça diferente do que eu estava a fazer", garantiu.
Sublinhe-se que os militantes do Partido Socialista (PS) foram chamados às urnas, entre sexta-feira e sábado, para escolher um novo líder, na sequência da demissão de António Costa. A escolha foi expressiva e Pedro Nuno Santos venceu as eleições com mais de 60% dos votos.
Na corrida ao cargo estavam também José Luís Carneiro e Daniel Adrião. O ministro da Administração Interna obteve 36% dos votos e o dirigente socialista ficou-se pelos 1%.
A candidatura de Pedro Nuno Santos elegeu também a maioria dos delegados ao Congresso do PS, 909, seguindo-se a de José Luís Carneiro, que elegeu 407, enquanto a de Daniel Adrião elegeu cinco delegados, de acordo com o presidente da Comissão Organizadora do Congresso (COC) do PS, Pedro do Carmo.
Este processo eleitoral no PS, recorde-se, foi aberto com a demissão de António Costa das funções de primeiro-ministro, em 7 de novembro, após ter sido tornado público que era alvo de um inquérito judicial instaurado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça a partir da Operação Influencer.
[Notícia atualizada às 14h44]
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