"Marcelo Rebelo de Sousa, na sua habitual mensagem de Ano Novo, falou mas disse muito pouco. E fez muito bem porque os próximos tempos são de incerteza e alguma conflitualidade.
Marcelo Rebelo de Sousa, apesar de ser muito bom em análise futurologista, remeteu-se ao silêncio. A sua posição assim 'oblige'.
Baseou as suas palavras no apelo normal a que se vá votar. Porém, os portugueses estão em dificuldade para escolher em quem votar.
Auguro uma abstenção recorde, como tem sido habitual nos últimos atos eleitorais.
Os portugueses estão insatisfeitos com o rumo da democracia e desconfiam dos tribunais e do Governo.
A imagem que têm da política é de que há pouca gente que se safe. Esse sentimento é desastroso para a democracia.
Os próximos tempos serão interessantes pela incerteza e pelo que se vai passar. A 10 de março pode ficar tudo resolvido ou pode ficar tudo adiado.
Os portugueses podem, ao votar, fazer com que haja um impasse e não descarto que haja novas eleições na parte final de 2024.
Tudo é possível num ambiente em que o Governo de António Costa procura dar uma mão a Pedro Nuno Santos para lhe suceder."