"Um futuro com história" é o lema do 24.º Congresso Nacional, que marcará a passagem de testemunho de António Costa ao novo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, simbolizada na música que se ouviu durante o encontro entre os dois socialistas, minutos antes das 20:00: "A New Age", de Keith Merril.
António Costa já tinha entrado no pavilhão, às 19:40, rodeado de câmaras, cumprimentando os membros da direção na primeira fila, e com os delegados a aplaudir de pé, ouvindo-se depois os primeiros "PS/PS", palavra de ordem do Partido Socialista.
Na mesa do congresso, o ainda primeiro-ministro sentou-se à esquerda do presidente do partido, Carlos César, e Pedro Nuno Santos à sua esquerda.
Após a abertura da sessão, pelo presidente da comissão organizadora do Congresso, Pedro do Carmo, seguiram-se intervenções da líder da concelhia de Lisboa do PS, Marta Temido, apontada como potencial candidata à câmara da capital, e do presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL), Duarte Cordeiro.
O primeiro-ministro demissionário falará depois sobre os seus últimos anos de liderança socialista e de chefia do Governo.
Imediatamente antes do início das intervenções, foi exibido nos dois ecrãs instalados por trás do palco um breve vídeo, também com o título "Um futuro com história", com imagens de momentos históricos na vida do Partido Socialista, desde a fundação, em 1973, às eleições legislativas recentes.
À entrada do pavilhão, os congressistas cruzam-se com uma estátua branca do fundador do PS Mário Soares, sentado numa cadeira onde se lê as palavras Portugal, Democracia, Humanismo, Criatividade, Lutar e Cultura.
O 24.º Congresso Nacional decorre até domingo, prevendo-se o encerramento às 12:00. Para este congresso foram eleitos 1.383 delegados, havendo mais 150 delegados inerentes com direito de voto.
De acordo com informações da organização do Congresso, além dos 150 delegados inerentes com direito de voto, participam no conclave 842 delegados sem direito de voto, num total de 2.376 delegados.
O 24.º Congresso Nacional do PS vai eleger os novos órgãos nacionais do partidos, depois das eleições diretas de 15 e 16 de dezembro, em que Pedro Nuno Santos foi eleito secretário-geral, com 61% dos votos, contra José Luís Carneiro, que teve 37%, e Daniel Adrião, que teve 1%.
Este processo eleitoral no PS foi aberto com a demissão de António Costa do cargo primeiro-ministro, em 07 de novembro, após ter sido tornado público que era alvo de um inquérito judicial instaurado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça a partir da Operação Influencer.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou de imediato a demissão do primeiro-ministro e dois dias depois anunciou ao país a dissolução do parlamento e a convocação de eleições legislativas antecipadas para 10 de março.
[Notícia atualizada às 21h26]
Leia Também: PS. Pedro Nuno elogia Costa, não comenta justiça e vê partido unido