Estas posições foram transmitidas no primeiro discurso de Pedro Nuno Santos no 24º Congressos Nacional do PS, em que falou sobre o seu percurso nos executivos de António Costa, e atacou todas as forças políticas de direita. Nunca se referiu ao PCP ou ao Bloco de Esquerda, e elogiou experiência da "Gerigonça" entre novembro de 2015 e outubro de 2021.
Nos governos de António Costa, Pedro Nuno Santos considerou que se valorizou como pessoa, amadureceu como político e ganhou experiência quando foi secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e depois ministro das Infraestruturas e da Habitação.
"Testemunhei os constrangimentos, as dificuldades, as resistências que se colocam a quem tem e quer fazer obra. Testemunhei, também, que só erra quem faz ou tenta fazer - ao contrário daqueles que nada fazem e nada tentam. Esses, posso garantir-vos, nunca erram. Mas porque nunca erram, nunca aprendem. Nunca melhoram. Nunca evoluem", advogou, recebendo palmas.
Neste contexto, traçou uma linha de demarcação face à direita, em especial em relação ao PSD: "A grande linha entre nós e eles é entre os que decidem, que fazem, que investem no progresso do país e aqueles que nunca passarão de antigos e ultrapassados velhos do Restelo".
Sobre o presidente do PSD, Luís Montenegro, começou por dizer que pretende esconder-se por trás do mito da AD (Aliança Democrática).
"Mas os portugueses não esquecem [o executivo de Passos Coelho], têm boa memória, não se deixam enganar com estes malabarismos, tal como não se esquecem de quando também governaram juntos, entre 2002 e 2004, quando Durão Barroso se foi embora para Bruxelas e deixou o país num caos", disse, antes de se referir especificamente ao líder dos sociais-democratas.
"A verdade é que ninguém conhece o projeto de Luís Montenegro para o país. Ao fim de mais de ano e meio sob a liderança de Luís Montenegro, temos o vazio. Um vazio de projeto, vazio de liderança, vazio de visão; é o vazio de credibilidade, vazio de experiência, e, como todos já percebemos, vazio de decisão", acusou.
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