SNS? "Pressão vai continuar", mas PS "sabe melhor" como resolver problema

Pedro Nuno Santos defendeu que o PS é o partido que "conhece melhor" os problemas do país.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
13/01/2024 12:04 ‧ 13/01/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

Pedro Nuno Santos

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, defendeu, este sábado, é o partido "que conhece melhor" os problemas do país e que "sabe melhor" como os resolver, reconhecendo, no entanto, que a "pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai continuar".

"Aquilo que os portugueses sabem é que, apesar de termos problemas no Serviço Nacional de Saúde, nós conhecemo-los melhor do que qualquer outro partido em Portugal. Conhecemos melhor os problemas que nós temos e nós sabemos melhor do que qualquer outro partido em Portugal como os resolver", afirmou no seu discurso na primeira reunião da Comissão Nacional pós congresso, que se realiza em Coimbra, sublinhando, contudo, que a "pressão sobre o SNS vai continuar".

O socialista defendeu que há a "expetativa de ter todos os problemas do país resolvidos", mas tal "não é possível" por ser um "trabalho constante e permanente".

"Avançámos muito nos últimos oito anos e queremos continuar a avançar para que seja possível resolver os problemas que persistem e os problemas que vão surgindo", defendeu, elencando vários problemas como o acesso à Habitação, "que não é só um problema em Portugal", mas também "a nível europeu".

Mas Pedro Nuno Santos, que, enquanto ministro, tutelou a pasta da habitação entre 2019 e 2022, apontou também respostas dadas por governos do PS que "não produziram os resultados esperados" ou mesmo que "falharam".

Como exemplo, indicou a medida de arredamento acessível, em que se concedeu aos senhorios a vantagem de não pagarem IRS ou IRC se fizessem contratos de arrendamento abaixo dos valores de referência em cada zona urbana.

Mesmo assim, segundo o líder dos socialistas, os senhorios não aderiram a essa medida, porque o mercado da habitação tem "uma procura avassaladora".

"Temos de aprender com aquilo que correu bem e com aquilo que correu mal", acrescentou.

O secretário-geral do PS prometeu ainda empatia, humildade, reconhecer erros de oito anos de governação e nunca apontar o dedo a quem está descontente, contrapondo que são os socialistas quem melhores condições reúnem para resolver os problemas.

"Fizemos um trabalho importante nos últimos oito anos, não o vamos deixar esquecer, mas não podemos apontar o dedo a quem está insatisfeito. A culpa não é de quem se afastou de nós, temos de os recuperar. Temos de ter humildade e empatia de perceber que há problemas que ainda não estão resolvidos", declarou o novo líder dos socialistas.

Nas suas primeiras palavras sobre a situação do país, Pedro Nuno Santos afirmou perante os membros da Comissão Nacional do PS: "Temos de ter a consciência de que não está tudo bem".

"Temos portugueses que estão zangados, que sentem que a sua vida está a marcar passo, não ata nem desata, não sai da cepa torta" apontou, dizendo inclusivamente que alguns desses eleitores estão agora inclinados para "partidos populistas".

Nesse sentido, Pedro Nuno Santos considerou que a o PS "tem de ter a capacidade de entender e não apontar o dedo em nenhum momento".

"Temos de explicar, com muito respeito por esses portugueses, que alguns partidos que se apresentam de forma populista perante a sociedade não têm qualquer solução para os seus problemas", referiu, sem qualquer alusão direta ao Chega.

De acordo com o secretário-geral do PS, os salários não estão ainda no patamar ambicionado pelos socialistas, muitos jovens não conseguem emancipar-se e muitas famílias não tem lugar para colocar os seus mais idosos.

"Em nenhum momento, podemos negar os problemas que os portugueses sentem. Precisamos de empatia, da capacidade de sentir o outro, de ouvir. Esse é o primeiro passo para conseguirmos criar uma relação com quem está zangado. Isto é fundamental para um partido como o nosso - e os nossos autarcas fazem isso", advogou a título de exemplo.

Pedro Nuno Santos procurou também passar uma ideia de confiança perante os portugueses.

"Oferecemos segurança, estabilidade e confiança na capacidade que temos em responder àquilo que é inesperado. Os portugueses reconhecem a capacidade de os governos do PS fazerem face a problemas inesperados, que não foram da sua responsabilidade, como a pandemia da Covid-19, a guerra na Ucrânia ou a crise inflacionária", assinalou.

De acordo com o secretário-geral socialista, num mundo, cresceu a incerteza na economia e nas relações internacionais, e "o PS é quem está em melhores condições para lidar com os eventos inesperados com que o país se vai confrontar" por causa dessa complexa conjuntura internacional.

"Mas há problemas estruturais, não os podemos ignorar e não seriamos honestos se o fizéssemos", advertiu logo a seguir.

[Notícia atualizada às 12h59]

Leia Também: PS. Pedro Nuno coloca Mariana Vieira da Silva e António Mendes na direção

 

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