PSD/Madeira vai "defender" região mesmo que tenha de ir contra o partido

O presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou hoje que os deputados eleitos pelo círculo regional à Assembleia da República vão defender o arquipélago em todas as situações, mesmo que seja necessário ir contra a direção nacional do partido.

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Lusa
22/01/2024 13:46 ‧ 22/01/2024 por Lusa

Política

Eleições

"Nós apresentámos uma lista que representa aqueles que são os interesses primaciais que nós temos de defender. Em todas as circunstâncias, na representação da República, é manter o nosso histórico e esse histórico é defender a Madeira em todas as situações, em todas as conjunturas, mesmo contra as direções dos nossos partidos", declarou.

Miguel Albuquerque falava aos jornalistas no Tribunal do Funchal, após a entrega da lista da coligação PSD/CDS-PP candidata às eleições legislativas de 10 de março, encabeçada por Pedro Coelho, atual presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, concelho contíguo ao Funchal a oeste, seguido por Paula Margarido, ex-presidente do conselho regional da Madeira da Ordem dos Advogados, Paulo Neves, Carla Spínola, Lavínia Côrte (CDS-PP) e Bruno Sousa.

O círculo eleitoral da Madeira elege seis deputados à Assembleia da República, onde atualmente têm assento três social-democratas e três socialistas.

O presidente da estrutura regional do PSD e chefe do executivo de coligação com o CDS-PP, Miguel Albuquerque, responsável pela proposta de candidatos, optou por não incluir na lista qualquer dos atuais deputados no parlamento nacional -- Sara Madruga da Costa, Patrícia Dantas e Dinis Ramos.

O dirigente social-democrata voltou hoje a enumerar os 'dossiers' prioritários para a região, destacando o alargamento das competências autonómicas no quadro legislativo, a revisão da lei das finanças regionais e a "concretização de um conjunto de promessas feitas pelos governos de esquerda que nunca se concretizaram".

Miguel Albuquerque deu como exemplos a melhoria das ligações aéreas, a ligação aérea com o Porto Santo e o 'ferry' para o continente, "que foi uma promessa do primeiro-ministro cessante [António Costa] que nunca se concretizou".

A melhoria das estruturas dos serviços do Estado na região, como as esquadras da PSP ou os tribunais, assim como a criação de um sistema fiscal próprio são outras das prioridades, sublinhou.

O presidente do PSD/Madeira considerou ainda que, se o líder social-democrata nacional, Luís Montenegro, for eleito primeiro-ministro será mais fácil concretizar estas medidas, argumentando que o seu programa "fala de uma forma bastante credível e clara sobre os desafios das autonomias regionais".

Leia Também: Madeira vai manter "tradição" de vitória do PSD nas eleições de março

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