Convenção AD? "Não fui convidada, mas não é suposto. Não fiz lá falta"

Manuela Ferreira Leite revelou não ter sido convidada para o evento, considerando, no entanto, que a sua presença não traria "valor acrescentado" e desvalorizando a ausência de Pedro Passos Coelho na convenção da AD. "Não é tema", afirmou.

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Daniela Carrilho
23/01/2024 08:20 ‧ 23/01/2024 por Daniela Carrilho

Política

Manuela Ferreira Leite

A antiga líder do Partido Social Democrata (PSD), Manuela Ferreira Leite, comentou na segunda-feira a convenção da Aliança Democrática (AD), que juntou no domingo várias figuras do PSD, CDS-PP e independentes, revelando que não foi convidada para o evento.

"Não fui convidada, mas também não é suposto ser-se convidado ou haver convites para aquele evento. Não fui porque não podia mesmo ir, mas não fiz lá falta nenhuma", começou por dizer Ferreira Leite, no seu espaço de comentário no 'Primetime' da CNN Portugal.

A social democrata salientou que esta reunião "foi muito expressiva em termos das pessoas que lá estavam, vale por quem lá está e não por quem lá não está" e, por isso, a sua presença não traria "valor acrescentado".

A convenção da AD juntou "pessoas muitíssimo qualificadas, que são conhecidas nas áreas em que atuam e que não são conhecidas por serem do PSD, muitas delas não são filiadas no partido.

Para Manuela Ferreira Leite, também a ausência de Pedro Passos Coelho na convenção da AD "não é tema".

"E teria feito diferença se também lá estivesse Durão Barroso, o Marques Mendes, o Rui Rio ou eu? Agora interessa mostrar bastante aos eleitores que [a AD] é credível e que as propostas que são feitas não são fachada", declarou a comentadora, acrescentando que "a AD saiu bastante reforçada exatamente pelas pessoas que lá estavam".

E em caso de "maioria de Esquerda"?

E será que a AD vai viabilizar um governo minoritário do PS? Ferreira Leite afirma não saber, mas "há uma coisa de que ninguém tem dúvidas".

"Se o PS, mesmo perdendo as eleições, se houver uma maioria de Esquerda, é evidente que vai governar, mas com os partidos no Governo. Se houver uma maioria de Direita, não há nenhum motivo para que a AD não assuma as suas funções e logo se vê como é que um governo minoritário, se a maioria for possível com o Chega, quem é que impede isso", salientou.

Recorde-se que a AD foi apresentada numa iniciativa pública no Porto, em 7 de janeiro. Entretanto, PSD e CDS-PP aprovaram as suas listas de candidatos a deputados com vista às legislativas antecipadas de 10 de março.

Leia Também: Governo? Ventura "não acredita que algum dia isso seja concretizado"

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