A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, participa este sábado numa manifestação nacional pela Palestina Livre, considerando que "Israel tem de ser travado nesta política de genocídio" na Faixa de Gaza.
"O Bloco de Esquerda tem participado em todas as manifestações em defesa dos direitos humanos, em defesa pelo povo de Gaza. Há um massacre que dura há meses, morreram mais de 27 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças. Há um desastre humanitário em curso e Israel tem de ser travado neste desastre e nesta política de genocídio que está a levar a cabo contra Gaza", começou por dizer Mariana Mortágua em declarações aos jornalistas.
A bloquista diz que está presente nesta manifestação como forma de "prestar solidariedade" e "para dizer que não esquecemos as mortes que todos os dias acontecem em Gaza e a Palestina tem direito ao seu autoreconhecimento".
Neste sentido, Mortágua declara que "Portugal tem o dever de reconhecer o Estado palestiniano e de respeitar as intenções de autodeterminação do povo palestianiano", algo que deve fazer "sem hipocrisias", pressionando Israel para "travar este massacre, este atentado aos direitos humanos".
"Esta pressão tem faltado porque vemos uma enorme hipocrisia dos maiores Estados do mundo que acabam por ficar ao lado de Israel, enquanto se passa, debaixo dos nossos olhos, o maior massacre... Foram mortas mais crianças em Gaza, nestes meses, do que em todos os conflitos mundiais nos últimos cinco anos", salienta a líder do BE.
Mortágua pede "um boicote" e "sanções" ao Governo de Israel para que "cumpra a lei internacional".
"Juntamos a nossa voz à voz de António Guterres [secretário-geral da Organização das Nações Unidas]. Juntamos a nossa voz à voz de todas as pessoas que se fazem ouvir pelos direitos humanos e pelo fim deste massacre", acrescenta.
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