Pedro Nuno Santos defendeu esta posição numa ação de campanha para as eleições de março, após visitar nos arredores de Évora uma parte do novo troço ferroviário do corredor internacional sul, entre esta capital de distrito e o Alandroal.
"Ao longo das últimas semanas, se há coisa que os diferentes partidos mostraram foi capacidade de conversar, de pensar em conjunto e de terem uma relação civilizada e de estabilidade", sustentou o líder socialista, depois de confrontado com críticas que têm sido feitas ao Governo na campanha do Bloco de Esquerda.
Pedro Nuno Santos aproveitou falar sobre a sua experiência enquanto secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, durante o primeiro executivo socialista minoritário de António Costa, que foi suportado na Assembleia da República pelo Bloco de Esquerda, PCP e PEV.
"Tive a oportunidade de trabalhar com eles. Negociei os acordos, moderei e coordenei a primeira legislatura", disse, antes de se referir às sondagens: "Até ver, os partidos de esquerda juntos têm mais do que a AD e a IL".
"As coisas estão a correr bem, mas, evidentemente, é importante que o PS consiga uma vitória", afirmou, antes de ser confrontado com a última sondagem da Universidade Católica por uma jornalista da RTP, na qual a AD e a IL têm intenções superiores de voto ao conjunto dos partidos de esquerda.
O secretário-geral do PS contrapôs: "Vocês têm de insistir na vossa sondagem, mas vamos esperar por mais algumas [sondagens] para começarmos a relativizar e para nos concentrarmos nos problemas do país".
Pedro Nuno Santos foi também confrontado com uma carta aberta subscrita por mais de 100 personalidades, entre as quais o antigo líder do CDS Ribeiro e Castro, que apelam à revogação da lei sobre despenalização da eutanásia, já promulgada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
"Não li a carta. A posição do PS é clara sobre isso. Outros têm de clarificar. Connosco, a lei de despenalização da eutanásia será regulamentada. Será o próximo Governo a regulamentá-la", respondeu.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.
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