Estas posições foram transmitidas por Pedro Nuno Santos em declarações aos jornalistas, depois de ter visitado obras para a construção de novas casas em Anadia, município do distrito de Aveiro tradicionalmente de maioria PSD ou CDS -- um projeto financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
"Estamos numa obra que resulta da colaboração entra as administrações central e local. Este é um exemplo do que temos de intensificar em todo o país, alargando o parque público de habitação para dar resposta às carências", começou por afirmar o líder socialista, que, enquanto ministro, tutelou a pasta da habitação.
"Até 2026, são 32 mil casas. Muitas estão entregues, muitas estão obra e outras em projetos, inclusivamente em municípios do PSD. Estamos a falar de um investimento sem precedentes na história da nossa democracia", sustentou.
Na perspetiva de Pedro Nuno Santos, desde o PER (Plano Especial de Realojamento), na década de 90, que estava limitado no tempo e às áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, que não havia um programa de habitação com a dimensão do atual e que se destina a todo o país.
Além da ampliação do parque público de habitação, segundo o ex-ministro, o Programa 1º Direito envolve 1600 milhões de euros para 26 mil habitações.
"Depois, está em curso a reabilitação e renovação de imóveis do Estado, tendo em vista a colocação no mercado para arrendamento acessível. Se este trabalho tivesse sido iniciado pelo Governo PSD/CDS (2011/2015), hoje o país estava melhor. Como teve de ser iniciado por nós, as inaugurações vão ocorrer mais tarde do que nós desejaríamos", justificou.
Pedro Nuno Santos estendeu as suas críticas a outros governos anteriores ao liderado por Pedro Passos Coelho.
"Infelizmente, durante décadas, achou-se que o mercado resolveria o problema da habitação, mas não resolveu. Com os nossos governos [de António Costa] iniciou-se um caminho, que está a dar os seus resultados, mas, obviamente, leva tempo. O pior que podia acontecer era travar este processo que foi iniciado. Não podemos andar para trás", acrescentou, numa ação de campanha em que esteve acompanhado por vários candidatos a deputados do PS pelo círculo de Aveiro, casos de Porfírio Silva, Cláudia Cruz Santos e Filipe Neto Brandão.
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