Montenegro "vai ser primeiro-ministro" e "está preparado para o cargo"
Autarca lisboeta acredita que os portugueses estão fartos de eleições e que se deve dar a possibilidade a Montenegro de poder governar.
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
Política Carlos Moedas
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, enalteceu esta terça-feira a mudança "de ciclo político" que se deu este domingo, afirmando, com toda a certeza, que Luís Montenegro será o primeiro-ministro de Portugal, sem acordos com o Chega.
"[Este] é um momento único de mudança de ciclo para o país", considerou, referindo que "o presidente da Câmara, da mesma forma que geria com o governo existente, vai gerir neste novo ciclo com aquilo que é o interesse dos lisboetas". Porém, reforçou, espera que, desta vez, "os pedidos e reclamações que não estavam a funcionar passem a funcionar".
Para Carlos Moedas, "houve uma vitória clara" em que a Aliança Democrática "ganhou" e Luís Montenegro "vai ser o primeiro-ministro, [um] homem que está preparado para o cargo".
Quando a possíveis acordos com André Ventura, o autarca lisboeta disse pensar que "o líder da AD foi claro, assim como eu fui".
"Não governo com o Chega. A AD não vai governar com o Chega", disse, questionando em seguida: "Querem ou não querem uma mudança de ciclo?", referindo que para que isso seja possível, há que deixar Luís Montenegro exercer o cargo para o qual foi nomeado.
"É ele quem vai ser primeiro-ministro. A questão de quem o vai apoiar é responsabilidade dos partidos. Tanto do PS como do Chega", disse, lembrando que "os portugueses não querem estar de eleição e eleição. Querem estabilidade!".
Quanto à colaboração de Carlos Moedas com este novo Governo, o autarca disse estar disponível para colaborar, mas apenas enquanto presidente da Câmara de Lisboa: "Sou presidente da Câmara e serei [...] É isto que me motiva e o que eu faço", rematou o autarca, que falou aos jornalistas no âmbito da inauguração do funicular da Graça.
Recorde-se que, de acordo com os resultados provisórios, a AD, que concorreu no continente e nos Açores, obteve 1.757.879 votos, 28,63% do total, e elegeu 76 deputados.
Somando a estes resultados os três eleitos e 52.992 votos obtidos na Madeira por PSD e CDS-PP, que concorreram juntos nesta região, sem o PPM, dá um total de 1.810.871 votos, 29,49% do total, e 79 mandatos - 77 do PSD e 2 do CDS-PP.
O PS obteve 1.759.937 votos, 28,66%, e elegeu 77 deputados.
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