A reunião do órgão máximo da IL entre convenções foi noticiada pela agência Lusa dois dias depois das eleições legislativas, nas quais o partido liderado por Rui Rocha manteve os mesmos oito deputados, firmou-se como quarta força política, teve mais votos, mas falhou o objetivo a que se tinha proposto de eleger 12 parlamentares.
Além de analisar os resultados eleitorais das legislativas e debater as eleições europeias de junho, os conselheiros nacionais deverão discutir os vários cenários governativos.
Este ponto não fazia parte da ordem de trabalhos inicial, mas foi acrescentada numa nova convocatória a pedido de dez conselheiros nacionais, conforme adiantado pela agência Lusa esta semana.
Na sexta-feira, o presidente da IL, Rui Rocha, afirmou que os próximos dias "serão decisivos" sobre uma eventual participação do partido no Governo, remetendo para o primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, e para a AD a responsabilidade de decidirem "se querem mudar o país".
Cabe ao Conselho Nacional, conforme está previsto no regimento, votar e aprovar a ordem de trabalhos no início da reunião de hoje, órgão que tem nas competências aprovar "eventuais coligações ou apoios eleitorais a candidaturas externas".
A inclusão deste ponto para cenários governativos ganha relevância numa altura em que se discute a composição de um novo Governo da AD e a inclusão ou não de nomes da IL neste elenco.
Na quarta-feira, à saída da primeira de duas audiências que teve com o Presidente da República, o primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, disse ter expectativa de formar Governo com base na maioria "constituída pelos deputados do PSD e do CDS-PP".
No entanto, Montenegro escusou-se a responder diretamente às perguntas da comunicação social sobre a possibilidade de a IL integrar também o executivo ou sobre a eventual apresentação de um Orçamento Retificativo.
Segundo os resultados provisórios das legislativas, a IL conseguiu 4,94%, com 319.685 votos, elegendo oito deputados.
Em comparação com as últimas legislativas, apesar de se manter como quarta força política e com a mesma representação parlamentar, os liberais conseguiram mais cerca de 46 mil votos.
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