Começando por saudar os novos ministros do Governo, hoje aceites pelo Presidente da República, Bernardo Blanco considerou que o país "precisa que comecem o mais rapidamente possível a trabalhar para implementar as reformas que também prometeram durante a campanha eleitoral".
"Como ponto positivo gostaríamos de destacar aquilo que nos parece um equilíbrio suficiente, razoável, entre pessoas com experiência política e pessoas da sociedade civil, onde queremos destacar o nome do professor Fernando Alexandre, que nos parece uma excelente escolha", defendeu.
No entanto, para o deputado da IL, o "ponto um pouco mais negativo" é o facto de ser um Governo "demasiado grande".
"Não vemos motivos para haver um ministério da Presidência, um da Coesão, agora um até da Juventude. Os jovens não precisam de um ministério, precisam é de salários mais altos, de impostos mais baixos, de mais casas no mercado", criticou.
Bernardo Blanco sublinhou que, "mais do que esta mudança de caras nos ministérios", o que é importante "é a mudança de políticas", aguardando para ver o que virá no programa do Governo.
"É preciso que este Governo, ao contrário do anterior do PS, seja um Governo de diálogo, não de maioria que quase que finge que não vê o que os outros partidos propõem, mas um Governo de diálogo que oiça todos os partidos, de uma ponta à outra, e procure consensos para que aquilo que seja a vida dos portugueses seja melhorada, seja com medidas do partido A, seja com medidas do partido B", apelou.
Sobre a decisão da IL não integrar este executivo, o dirigente e deputado liberal reiterou que houve um diálogo "muito cordial com o senhor primeiro-ministro e com novos membros do Governo", mas que se chegou "ao entendimento que não haveria as mesmas prioridades" e também que, face à atual composição do parlamento, "não faria sentido a IL estar no Governo nesta fase".
"Quem sabe, num futuro Governo, onde haja uma maioria clara", disse, deixando claro que "não há nenhuma mágoa" nesta ausência e que esta "foi uma decisão mútua".
O Presidente da República aceitou hoje a lista de 17 ministros proposta pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, para o XXIV Governo Constitucional.
A posse dos ministros do XXIV Governo Constitucional está prevista para terça-feira e a dos secretários de Estado para sexta-feira.
Leia Também: PS diz que novo Executivo não permite perceber como PSD quer governar