Livre considera que faltou "alargamento" e critica fusão de ministérios
O Livre considerou hoje que o novo Governo demonstra a incapacidade do PSD de se "alargar à sociedade civil" e criticou a fusão de alguns ministérios, como o das infraestruturas e habitação.
© Paulo Alexandrino/Global Imagens
Política Livre
Em declarações aos jornalistas no parlamento, o deputado do Livre Paulo Muacho defendeu que o novo elenco governativo, hoje aceite pelo Presidente da República, demonstra que o PSD não foi capaz de se alargar "à sociedade civil, à academia, a pessoas que são de fora da cúpula dos partidos que compõem a base de apoio deste Governo".
O deputado criticou também a fusão de alguns ministérios, começando por destacar o facto de a educação, a ciência e a inovação ficarem agora todas sob a mesma tutela, o que considerou um erro.
"São áreas que têm problemas muito específicos, diferentes, e são áreas que, do ponto de vista do Livre, são essenciais para o futuro do país, para o desenvolvimento do país, e mereciam esse peso político de serem tuteladas por ministérios próprios", defendeu.
Da mesma maneira, Paulo Muacho criticou também o facto de voltar a haver um único ministério para as infraestruturas e habitação, salientando que o último executivo de António Costa já tinha decidido separar essas duas áreas.
"Consideramos que era essencial que, tendo em conta a emergência na área da habitação, que houvesse no Governo uma pasta para própria para o tema, e para apresentar as soluções que o país precisa para resolver a crise na habitação", disse, considerando também que as infraestruturas deveriam ter o seu próprio ministério, tendo em conta as "áreas essenciais" dos transportes, ferrovia ou aeroporto.
Por último, o deputado do Livre criticou também que se tenha decidido juntar a pasta da juventude e da modernização, referindo que, apesar de ainda não perceber quais vão ser as áreas que vão ser tuteladas por este ministério, aparenta cobrir setores "bastante diferentes".
Paulo Muacho apelou ainda a que, "na primeira oportunidade", os ministros e as suas equipas venham ao parlamento "apresentar os programas setoriais e quais é que serão as propostas concretas" que querem implementar para o país, à semelhança do que o partido já tinha pedido quando o último Governo de António Costa tomou posse.
"Entendemos que esta era uma boa prática que acontece noutros países e que deveríamos importar para o nosso país e começar a ter essas audições setoriais aos ministros no início do mandato", afirmou.
O Presidente da República aceitou hoje a lista de 17 ministros proposta pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, para o XXIV Governo Constitucional.
A posse dos ministros do XXIV Governo Constitucional está prevista para terça-feira e a dos secretários de Estado para sexta-feira.
Leia Também: Paulo Núncio nota executivo "de combate". CDS-PP "muito bem representado"
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com