"O momento em que estamos é que houve decisões instrutórias e essas decisões foram agora questionadas pelo Tribunal da Relação. Essas decisões não têm a natureza de decisão final", respondeu aos jornalistas Rui Rocha no parlamento quando questionado sobre a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa sobre a Operação Influencer que rejeitou o recurso do Ministério Público, reduziu as medidas de coação dos arguidos a termo de identidade e residência e entendeu não existirem indícios de crimes.
O líder da IL recorreu à "frase que se tornou famosa nos últimos anos" que defende que "deve ser respeitado o tempo da justiça".
"Deve ser respeitado sempre, quer quando isso tem vantagem para um dos lados políticos quer quando isso tem vantagem para outro lado político. É o tempo de acompanharmos com cautela", apelou.
De acordo com Rui Rocha, "haveria vantagem que a Procuradoria-Geral da República prestasse alguns esclarecimentos".
"Mas eu insisto: muito cuidado com conclusões precipitadas sobre a viabilidade ou não do processo com base em decisões sobre decisões instrutórias", defendeu.
O presidente liberal insistiu que estas "não são decisões finais" e portanto é preciso "cautela sobre a tomada de decisões e de posições definitivas sobre aquilo que são na verdade decisões provisórias".
Sobre o facto de o antigo primeiro-ministro António Costa ainda não ter sido ouvido, Rui Rocha apontou que a preocupação do partido é "uma justiça célere e justa para todos".
"Aquilo que eu estranharia é num país em que a justiça é lenta para todos, em que a justiça muitas vezes tarda demais, que houvesse um regime de exceção para titulares de cargos políticos", apontou.
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