Exoneração da mesa da Santa Casa é "profundamente radical e inusitada"

Na opinião do PS o objetivo é substituir os atuais responsáveis de cargos por pessoas "mais politicamente alinhadas e domesticadas" pelo Executivo de Luís Montenegro.

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Natacha Nunes Costa
30/04/2024 11:45 ‧ 30/04/2024 por Natacha Nunes Costa

Política

Santa Casa da Misericórdia

O vice-presidente do grupo parlamentar do PS, Tiago Barbosa Ribeiro, defendeu que o Governo de Luís Montenegro está "a criar um conjunto de casos" e "instabilidade" para substituir os responsáveis de cargos por pessoas "mais politicamente alinhadas e domesticáveis" pelo atual Executivo, "como foi o caso da direção executiva do SNS".

Relativamente à exoneração da Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), o deputado socialista realçou que esta é uma "decisão profundamente radical e inusitada", além de "preocupante".

"Como sabemos a nova mesa estava em funções há sensivelmente um ano e estava a ser feito um processo de restruturação e de reequilíbrio financeiro da instituição e nada fazia prever uma decisão desta natureza", atirou, acrescentando que o Governo, "de um momento para o outro encontrou um conjunto de falsos argumentos para demitir de um momento para o outro toda a direção da Santa Casa da Misericórdia e fazê-lo tendo por base naturalmente a substituição por um conjunto de responsáveis que sejam politicamente alinhados pelo Governo como teremos oportunidade de escrutinar e de acompanhar ao longo dos próximos meses".

Nesse sentido, como já tinha sido divulgado, o PS deu entrada, na segunda-feira, na Assembleia da República (AR) com um requerimento a pedir uma audição com carácter de urgência da agora ex-provedora da Santa Casa de Lisboa, Ana Jorge, assim como da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social,Maria do Rosário Palma Ramalho.

Recorde-se que, na segunda-feira, o Governo exonerou a mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa,  por considerarem que esta era "incapaz" de resolver os "graves problemas financeiros da SCML.

Leia Também: Buraco nas contas leva a exonerações na Santa Casa. Eis o que se sabe

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