Portugal fica "mais forte" se for "capaz de pagar melhores salários"

A líder bloquista lembrou que, em Portugal, "trabalha-se mais horas do que no resto da Europa e "os salários são inferiores à média da Europa".

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© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images

Notícias ao Minuto
01/05/2024 16:21 ‧ 01/05/2024 por Notícias ao Minuto

Política

Mariana Mortágua

A líder do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, sublinhou, esta quarta-feira, que Portugal fica "mais forte e cresce mais" se for "capaz de pagar melhores salários e dar melhores condições de trabalho", mas também "menos horas de trabalho".

"Em Portugal trabalham-se mais horas do que no resto da Europa. Os salários são inferiores à média da Europa e há mais precariedade, com mais contratos a prazo e menos estabilidade na vida", disse, em Lisboa, à margem do desfile para assinalar o Dia do Trabalhador.

A bloquista defendeu que "o país se torna mais forte e cresce mais" se for "capaz de pagar melhores salários e dar melhores condições de trabalho", mas também "menos horas de trabalho".

Neste sentido, o BE apresentou três propostas para melhorar a vida dos trabalhadores: salário mínimo de 900 euros já este ano; semana de trabalho de quatro dias e leques salariais. 

Mariana Mortágua frisou que as próximas Eleições Europeias, agendadas para 9 de junho, "são muito importantes", uma vez que "todas as decisões que são tomadas na Europa" têm impacto em Portugal. 

A bloquista acusou ainda o Partido Social Democrata (PSD) e o Partido Socialista (PS) de não terem "um compromisso sério com o aumento do salário mínimo" nem "nenhuma proposta para se aumentar o salário médio".

Sublinhe-se que centenas de pessoas iniciaram cerca das 15h30 a subida da avenida Almirante Reis em direção à Alameda Afonso Henriques, em Lisboa, para assinalar o Dia do Trabalhador.

"1.º de Maio, aumentar salários e pensões, garantir direitos" e "Combater a exploração, Abril por um Portugal com futuro", são os lemas que encabeçam uma marcha que o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, quer que seja uma demonstração dos trabalhadores que de os valores de Abril estão bem presentes como há 50 anos.

Leia Também: 50 anos do 1 de Maio "assinalam trabalho que temos de continuar a fazer"

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