O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Paulo Raimundo, criticou, esta quarta-feira, as grandes empresas e a "injustiça" que criam na "retribuição da riqueza criada".
"Trabalhadores estão aqui hoje a mostrar a sua força, a sua exigência e a sua capacidade e contra a injustiça. A injustiça daquilo que é a retribuição da riqueza criada", disse o comunista, em declarações aos jornalistas, em Lisboa, à margem do desfile do Dia do Trabalhador.
Raimundo lembrou o lucro de grandes empresas, como o BPI e a Galp, em que "está sempre tudo a crescer".
"Cresce a economia, crescem os lucros, crescem as taxas de juro, crescem a dificuldades das pessoas. Só não crescem os salários nem estabilidade na vida das pessoas", atirou.
O líder do PCP disse acreditar que os trabalhadores vão conseguir, "com a sua luta e determinação", "impor uma vida melhor, melhores salários e horários menos desregulados".
Sublinhe-se que centenas de pessoas iniciaram cerca das 15h30 a subida da avenida Almirante Reis em direção à Alameda Afonso Henriques, em Lisboa, para assinalar o Dia do Trabalhador.
"1.º de Maio, aumentar salários e pensões, garantir direitos" e "Combater a exploração, Abril por um Portugal com futuro", são os lemas que encabeçam uma marcha que o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, quer que seja uma demonstração dos trabalhadores que de os valores de Abril estão bem presentes como há 50 anos.
Leia Também: 1.º de Maio. Centenas em Londres para exigir mais direitos laborais