PS, BE, PCP e PAN defendem aumento dos salários e melhores condições

PS, BE, PCP e PAN marcaram hoje presença no tradicional desfile do 1.º de Maio, em Lisboa, e defenderam aumentos salariais e melhores condições para os trabalhadores.

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Lusa
01/05/2024 18:26 ‧ 01/05/2024 por Lusa

Política

1.º Maio

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, considerou que os trabalhadores enfrentam questões como "baixos salários, longos horários de trabalho, muita precariedade, muitos contratos a prazo".

"Queremos menos tempo de trabalho, melhores salários e condições mais estáveis de vida, porque no fim é só isso que procuramos para ter uma vida melhor e um futuro melhor", defendeu, considerando que "o país se torna mais forte, cresce mais, é mais igual, se for capaz de pagar melhores salários, dar melhores condições de trabalho, dar mais estabilidade no emprego, mas também menos horas de trabalho".

A líder do BE destacou algumas propostas do seu partido, nomeadamente o aumento do salário mínimo para 900 euros e a implementação da semana de quatro dias de trabalho e de leques salariais.

Mariana Mortágua acusou o Governo de dar "sinais contrários" e referiu que "não há um compromisso sério com o aumento do salário mínimo, nem nenhuma proposta para aumentar os salários médios".

Portugal fica

Portugal fica "mais forte" se for "capaz de pagar melhores salários"

A líder bloquista lembrou que, em Portugal, "trabalha-se mais horas do que no resto da Europa e "os salários são inferiores à média da Europa".

Notícias ao Minuto | 16:21 - 01/05/2024

Na ocasião, a coordenadora do BE foi também questionada sobre a exoneração da provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e afirmou que a "troca de cadeiras" não resolve "os problemas do país", acusando o executivo de "confusão atrás de confusão" e de ainda não ter feito nada de concreto desde que iniciou funções.

Também presente na marcha entre o Martim Moniz e a Alameda D. Afonso Henriques, o secretário-geral do PCP considerou que esta é "uma grande demonstração de força", na qual os trabalhadores reivindicam "justas exigências por uma vida melhor, por mais salários, mais direitos, contra a precariedade, por horários dignos" e por mais justiça "na distribuição da riqueza".

O dirigente comunista avisou que o Governo "não está de mãos livres" e defendeu que aqueles "que trabalham todos os dias são os que põem o país a funcionar, são os que põem a economia a funcionar, e merecem respeito, valorização e uma vida melhor e mais salário".

"Crescem os lucros e as taxas de juro. Só não crescem os salários"

O comunista Paulo Raimundo lembrou o lucro de grandes empresas, como o BPI e a Galp, em que "está sempre tudo a crescer".

Notícias ao Minuto | 17:47 - 01/05/2024

"Era bom que o Governo, de uma vez por todas, cumprisse as promessas que fez a vários setores profissionais" e "deixasse de se submeter aos interesses de outros, nomeadamente Bruxelas e se submetesse aos interesses da maioria", afirmou Paulo Raimundo.

A cabeça de lista do PS às eleições europeias, Marta Temido, assinalou que o 1.º de Maio é "uma festa, uma festa de celebração do trabalho e da importância do trabalho como valor fundamental da estruturação das sociedades".

Santa Casa?

Santa Casa? "É um processo que naturalmente suscita apreensões"

A socialista garantiu que aguardará pelas explicações para "perceber o que se passou".

Notícias ao Minuto | 15:49 - 01/05/2024

A deputada assinalou "a importância do trabalho na agenda europeia" e apontou que os candidatos ao Parlamento Europeu têm "uma grande responsabilidade em relação a um conjunto de compromissos, com uma agenda de trabalho mais digno, melhores salários, naturalmente, sempre com mais emprego, mas também com melhores condições de vida para os trabalhadores".

"Aquilo que a Europa assumiu e que Portugal traduziu para as suas metas nacionais em relação à taxa de emprego, em relação à taxa de população adulta a fazer formação que permita lidar com os novos desafios do mundo trabalho, em relação à diminuição da pobreza, são desafios que não são só para ficar no papel", indicou a candidata e dirigente do PS.

Também questionada sobre a provedora da Santa Casa, a antiga ministra da Saúde disse que este processo "suscita apreensões" e que é preciso aguardar as explicações dos envolvidos no parlamento "para perceber o que é que de concreto se passou".

A porta-voz do PAN considerou que é preciso "garantir a dignidade e valorização dos trabalhadores" e defendeu uma "agenda do século XXI", que se reflita numa "economia de felicidade e bem-estar".

50 anos do 1 de Maio

50 anos do 1 de Maio "assinalam trabalho que temos de continuar a fazer"

A deputada única do PAN defendeu que o partido quer uma "agenda do século XXI", com uma "economia de felicidade e bem-estar" para os trabalhadores.

Notícias ao Minuto com Lusa | 16:07 - 01/05/2024

A deputada única do Pessoas-Animais-Natureza referiu também ser "fundamental que se retome a negociação relativamente à valorização de várias carreiras, como enfermeiros, professores e forças de segurança", pedindo ao Governo que saia "da política da propaganda".

Inês de Sousa Real insistiu ainda na atualização dos escalões de IRS tendo em conta a inflação, defendendo a necessidade de "aliviar a carga fiscal, que é demasiado pesada para os trabalhadores".

Leia Também: Novas regras orçamentais da UE são "mais uma peça de ataque à soberania"

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