O antigo eurodeputado Vital Moreira comentou, esta sexta-feira, a aprovação por parte do Governo da localização do novo aeroporto, em Alcochete, a nova ponte sobre o rio Tejo e o TGV para Madrid, em Espanha.
"Junto com o novo aeroporto em Alcochete, o Governo anunciou de uma assentada a terceira travessia (ferroviária) sobre o Tejo e o TGV para Madrid, mesmo sem estimativa de custos para estas duas últimas obras, que vão importar em milhares de milhões de euros", escreveu, no blogue Causa Nossa.
Segundo Vital Moreira, "a propaganda governamental prevaleceu sobre o sentido de responsabilidade política".
Focando-se na aprovação da localização do novo aeroporto, o antigo eurodeputado considerou que "o Governo cuidou de dizer que a infraestrutura não será paga pelos contribuintes", mas não denotou "que não serão eles [o Executivo] a pagar os enormes custos dos necessários acessos rodoviários e ferroviários, sem contar os custos ambientais (ambos dispensados pela opção de Santarém)".
E continuou: "Mais uma vez, os privilégios de Lisboa como capital serão pagos pelos contribuintes de todo o país (incluindo os que ficam muito mais longe do aeroporto)".
Recorde-se que o Governo aprovou e anunciou, na terça-feira, a localização do novo aeroporto. Em conferência de imprensa com o ministro das Infraestruturas e da Habitação de Portugal, Miguel Pinto Luz, o primeiro-ministro Luís Montenegro veiculou a decisão tomada em sede de Conselho de Ministros: será em Alcochete e chamar-se-á Aeroporto Luís de Camões.
Em simultâneo, o Executivo anunciou a construção de uma nova ponte que fará a Terceira Travessia do Tejo (TTT) em Lisboa, entre Chelas e o Barreiro, sendo que a ponte será simultaneamente ferroviária e rodoviária.
O Conselho de Ministros aprovou ainda, no mesmo dia, a antecipação da ligação ferroviária de alta velocidade (LAV) entre Lisboa e Madrid, que permitirá que as duas cidades fiquem ligadas num percurso que demorará três horas.
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