Catarina censura "genocídio" na Palestina "também com armas europeias"
A cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) às eleições europeias disse hoje que "o genocídio" imposto ao povo palestiniano está a ser "feito também com dinheiro e armas europeias", salientando que Israel "tem de ser travado".
© Getty Images
Política Catarina Martins
"O Tribunal Internacional de Justiça [TIJ] na última sexta-feira ordenou a Israel que suspendesse imediatamente a ofensiva em Rafah. É domingo, e a ofensiva continua. O Tribunal Internacional de Justiça deu a ordem e a ordem não está a ser cumprida", criticou Catarina Martins, durante um almoço convívio em Boliqueime, no concelho de Loulé, distrito de Faro.
A candidata bloquista reforçou que "nem Israel está a cumprir a ordem, nem a União Europeia parou o acordo de associação com Israel ou impôs quaisquer sanções, e nem mesmo o Governo alemão impôs o embargo de armas".
O que está a acontecer em Gaza, "o genocídio que [Benjamin] Netanyahu [primeiro-ministro de Israel] está a impor ao povo palestiniano", sublinhou Catarina Martins, "está a ser feito também com dinheiro e armas europeias".
"Nós aqui dizemos 'não, em nosso nome'. 'Não, em nosso nome'. Israel tem de ser travado", vincou a cabeça de lista do BE às europeias de 09 de junho.
O Tribunal Internacional de Justiça ordenou na sexta-feira a Israel que suspenda de imediato as operações militares em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
Israel deve "suspender imediatamente a ofensiva militar, bem como qualquer outra ação" em Rafah "que possa infligir ao grupo palestiniano em Gaza condições de vida suscetíveis de provocar a sua destruição física total ou parcial", segundo o TIJ.
Catarina Martins avisou que no próximo mandato europeu terão de ser tomadas "decisões concretas, efetivas" para a redução das emissões de gases poluentes, ou então "já será tarde de mais" para mitigar os efeitos das alterações climáticas.
A candidata bloquista disse ainda que a União Europeia tem de decidir se quer colocar a inovação ao serviço do progresso social, do clima e do trabalho.
"Nós não podemos viver num mundo em que a tecnologia significa sempre ritmos mais altos, mais intensos de trabalho, e nunca mais tempo para viver. Se a tecnologia permite tanto, como é que não permite que possamos viver melhor, com mais tempo para nós, com mais tempo para as nossas famílias, com salários melhores? Como é que se produz tanto, tanto, por segundo e se trabalha cada vez mais horas por um salário cada vez mais pequeno? É por essa Europa que lutamos, por uma Europa em que a inovação seja progresso social. É esse o caminho e a escolha que temos pela frente", finalizou.
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