BE fora do parlamento na Madeira, mas "todos os dias nas ruas"
O cabeça de lista do Bloco de Esquerda às eleições regionais na Madeira, Roberto Almada, garantiu hoje que, embora fora do parlamento, o partido vai estar "todos os dias nas ruas junto das pessoas".
© Nuno Cruz/NurPhoto via Getty Images
Política Eleições na Madeira
"O BE não estará no parlamento, mas estará todos os dias nas ruas junto das pessoas. O BE é um partido que se fez na rua", afirmou o candidato, na sede do partido, no Funchal, em reação aos resultados da votação de hoje, na qual o BE perdeu o único deputado que tinha, deixando assim de estar representado no parlamento regional.
O cabeça de lista do BE disse que o partido reagia com um misto de tristeza e naturalidade à saída do parlamento, mas lembrou que é a terceira vez que acontece e que os bloquistas voltaram sempre a reconquistar a representatividade na Assembleia Legislativa regional.
"Havemos de voltar", garantiu o ex-deputado regional.
Roberto Almada disse ainda que a prioridade agora são as eleições europeias, no dia 09 de junho, nas quais o partido se vai concentrar, a partir de terça-feira.
O PSD venceu hoje as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, falhando por cinco deputados a maioria absoluta, quando estão apuradas todas as freguesias, segundo dados oficiais provisórios.
De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, os sociais-democratas obtiveram 36,13% dos votos e 19 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 47 deputados.
No ano passado, nas anteriores regionais, o PSD e o CDS-PP, que concorreram coligados, elegeram 23 deputados, pelo que os sociais-democratas assinaram um acordo de incidência parlamentar com a deputada única do PAN.
O Bloco tinha conseguido, nesse sufrágio, regressar à Assembleia Legislativa. O partido, que concorre desde 2004, ficou sem representante no parlamento madeirense nas eleições de 2011 e de 2019.
Catorze candidaturas disputaram hoje os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
As eleições antecipadas ocorreram oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
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