Bugalho diz que eleitoralismo para o PS é "governar e cumprir o programa"

O cabeça de lista da AD às europeias acusou hoje o PS de introduzir na campanha a "narrativa do eleitoralismo", considerando que para os socialistas é eleitoralista "governar e cumprir o programa".

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© Pedro Rocha

Lusa
04/06/2024 22:44 ‧ 04/06/2024 por Lusa

Política

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"Vamos ser claros, aquilo a que o PS tem chamado eleitoralismo não é nada mais nada menos do que fazer o que, durante nove anos de socialismo, os senhores não conseguiram: é governar, é servir os portugueses, é cumprir o programa, é mudar o país para melhor", acusou Sebastião Bugalho, num jantar-comício em Pombal, que contou com a presença do líder do PSD e primeiro-ministro Luís Montenegro.

E acrescentou: "Para eles, é eleitoralismo porque eles já nem eleições conseguem ganhar."

O candidato a eurodeputado considerou que a anterior narrativa do PS -- colar a AD aos extremismos -- "não estava a funcionar" e, por isso, "chegou a narrativa dos eleitoralismos".

"Para o PS, é eleitoralismo apresentar um plano para a saúde que operou em um mês 1.299 doentes oncológicos dos 9.000 que o PS deixou por operar. É eleitoralismo apresentar planos para as migrações que vão regularizar 400 mil imigrantes que o PS deixou sem resposta, à mercê da escravatura das redes de tráfico humano", acusou.

Sebastião Bugalho voltou a apontar incoerências entre vários membros do PS, hoje relacionadas com o planos para as migrações, apresentado na segunda-feira pelo Governo, reiterando que "os portugueses não sabem qual dos PS vai a votos e qual dos PS vai lá estar no dia seguinte".

"Se é um voto no PS que diz que as medidas do Governo para migrantes são realistas e equilibradas, como disse o insuspeito António Vitorino, ex-diretor geral da Organização Internacional para as Migrações, ou se são vagas e abstratas e põem em risco direitos humanos, como diz Pedro Nuno Santos", criticou.

Por isso, defendeu, "um voto no PS tem sempre a incoerência como princípio e a instabilidade como fim".

"É um voto em que vale tudo para não se conseguir nada", acusou.

Em contraponto, defendeu que "um voto na AD é um voto seguro" e, apelou, a cinco dias da ida às urnas, aos portugueses "que não são militantes da AD, que nem sempre votaram na AD, aos que estão indecisos ou que até costumam preferir a abstenção".

"No domingo, as pessoas vão saber o que significa um voto na AD, até as pessoas que não vão votar na AD sabem", considerou.

Antes, o presidente da Câmara de Pombal, Pedro Pimpão, deixou elogios ao líder do PSD que "está sempre a subir nas sondagens e até já está à frente de Marcelo Rebelo de Sousa" e deixou um novo epíteto ao cabeça de lista da AD.

"Eu, como a maioria dos portugueses, tenho a dizer ao Sebastião que é uma surpresa, o furacão Sebastião, nós estávamos à espera disto na política", afirmou.

O período de discursos no jantar -- para cerca de 600 pessoas - terminou com um grito habitual em campanhas, mas que ainda não se tinha ouvido nestas europeias: "Já só faltam cinco dias para a vitória".

Na sua intervenção, também Luís Montenegro se despediu com uma mensagem otimista para o resultado da coligação no domingo. "Boa sorte, deem tudo até ao fim, vamos vencer também esta eleição", afirmou,

[Notícia atualizada às 22h55]

Leia Também: Bugalho "esperava mais humildade" do PS sobre plano de migrações

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