Num ano marcado por eleições regionais antecipadas, que se realizaram em 26 de maio, na sequência da demissão do líder do PSD/Madeira e do Governo Regional, Miguel Albuquerque, constituído arguido numa investigação judicial relacionada com suspeitas de corrupção, os sociais-democratas pretendem "reforçar a união".
No sufrágio de maio, o PSD/Madeira não conseguiu pela primeira vez assegurar uma maioria absoluta no parlamento regional, que é agora composto por 19 deputados sociais-democratas, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega e dois do CDS-PP, ocupando ainda a IL e o PAN um lugar cada.
O partido de Albuquerque, que foi reeleito presidente do executivo (ocupa o cargo desde 2015), celebrou um acordo parlamentar com o CDS-PP e teve de consensualizar o Programa do Governo com o Chega, a IL e o PAN. O PS e o JPP recusaram o convite do executivo madeirense para negociar.
O Orçamento Regional para 2024, que não tinha chegado a ser discutido na sequência da crise política, teve igualmente de ser negociado com a oposição.
O comício de hoje, que tem lugar no centro do Porto Santo, conta com diversas intervenções políticas, inclusive do líder regional, que, segundo a nota divulgada pelo partido, vai salientar que o PSD se mantém "na liderança governativa da região, tendo por base um Programa de Governo que beneficia a população em geral".
Os sociais-democratas governam em sete dos 11 municípios da Madeira, incluindo o Funchal, enquanto o PS lidera as autarquias de Machico, Ponta do Sol e Porto Moniz. O CDS-PP está à frente da Câmara de Santana.
Nesta altura do ano, o Porto Santo, conhecido como a ilha dourada devido à sua praia de areia amarela e fina com nove quilómetros de extensão, é o destino de férias preferencial dos madeirenses e aumenta exponencialmente a sua população.
Leia Também: Sem prioridade às creches, Chega/Açores admite chumbar orçamento de 2025