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"Este ano não foi fácil", mas PSD/Madeira sempre foi "um partido de luta"

O líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, reconheceu no sábado que o partido teve "um ano difícil", mas considerou que conseguiu mobilizar e contrariar quem pensava que a força política que governa a região há 48 anos estava acabada.

"Este ano não foi fácil", mas PSD/Madeira sempre foi "um partido de luta"
Notícias ao Minuto

06:47 - 11/08/24 por Lusa

Política Miguel Albuquerque

"Este ano não foi um ano fácil", admitiu Miguel Albuquerque, num comício no sábado à noite no centro da cidade Vila Baleira, no Porto Santo, iniciativa que marca tradicionalmente a 'rentrée' política do PSD/Madeira.

 

Contudo, acrescentou o também presidente do Governo Regional da Madeira, aqueles que em janeiro pensavam que os sociais-democratas estavam "acabados" e que seria fácil derrubar o PSD "sabem bem que não conseguiram, nem vão conseguir".

Em janeiro, na sequência de uma investigação judicial relacionada com suspeitas de corrupção, o chefe do executivo madeirense pediu a demissão depois de ter sido constituído arguido, o que provocou uma crise política na Madeira e levou o Presidente da República a convocar eleições regionais antecipadas para 26 de maio.

No sufrágio de maio, o PSD/Madeira não conseguiu pela primeira vez assegurar uma maioria absoluta no parlamento regional, que é agora composto por 19 deputados sociais-democratas, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega e dois do CDS-PP, ocupando ainda a IL e o PAN um lugar cada.

No sábado à noite, perante várias centenas de pessoas, Miguel Albuquerque voltou a falar da "mobilização e união extraordinária" que aconteceu em janeiro "quando diziam que o PSD ao fim de 48 anos ia deixar de ser a força liderante da região".

Contudo, continuou, a verdade é que o PSD venceu na Madeira as eleições nacionais de março, as regionais de 26 de maio e as europeias de junho "para grande desgosto" da oposição, que depois já "estava quase a cortar os pulsos" ao ver o PSD conseguir formar novamente um executivo no arquipélago.

E, "quando desesperavam e arrancavam os cabelos", também foi possível viabilizar um Orçamento Regional para 2024, acrescentou.

"Sempre fomos um partido de luta", salientou o líder do PSD/Madeira, deixando também críticas aos que tentam destruir o partido por dentro.

Sobre o futuro, Miguel Albuquerque disse que o PSD "tem pela frente um novo ciclo" e defendeu a necessidade de assegurar que "os direitos ao desenvolvimento, cidadania, justiça e igualdade dos madeirenses" são garantidos pelo Estado português.

Miguel Albuquerque adiantou, por outro lado, que o PSD vai apresentar propostas para alcançar três "objetivos decisivos" para os madeirenses, nomeadamente a revisão do Estatuto Político-Administrativo da Madeira, a revisão da Constituição e da Lei das Finanças Regionais, destacando a importância de a Madeira ter uma lei fiscal própria.

O líder social-democrata madeirense revelou também que o partido vai apresentar uma proposta para rever a lei eleitoral na Região Autónoma da Madeira, dizendo estar "farto e cansado" da uma legislação que não permite que os deputados sejam identificados pela população dos respetivos concelhos.

"Com a lei de um circulo único essa representatividade não existe", referiu.

Para o próximo ano, o presidente do PSD/Madeira elegeu como "grande desafio político" vencer as eleições autárquicas e disse ser imprescindível a aprovação do Orçamento Regional para 2025.

Os sociais-democratas governam em sete dos 11 municípios da Madeira, incluindo o Funchal, enquanto o PS lidera as autarquias de Machico, Ponta do Sol e Porto Moniz. O CDS-PP está à frente da Câmara de Santana.

Leia Também: Miguel Albuquerque avisa primeiro-ministro: Madeira não é "terreno mole"

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