O antigo primeiro-ministro António Costa desejou, este sábado, as "maiores felicidades" à futura comissária europeia Maria Luís Albuquerque, escusando-se a comentar as críticas a respeito da escolha da ex-ministra das Finanças.
"É uma escolha do Governo, só tenho a desejar-lhe as maiores felicidades nessas funções", afirmou, à chegada à Academia Socialista, em Tomar, onde discursou esta noite.
Sobre as críticas à escolha do Governo, Costa afirmou: "Tenho ouvido essas críticas, eu agora só ouço."
António Costa falava aos jornalistas à chegada à Academia Socialista, acompanhado por Pedro Nuno Santos e Duarte Cordeiro. É o regresso do antigo primeiro-ministro a um evento partidário depois de ser eleito presidente do Conselho Europeu.
Questionado ainda sobre se tem algum conselho a deixar a Pedro Nuno Santos sobre as negociações do Orçamento do Estado para 2025, Costa recusou ter indicações a dar. "O secretário-geral do meu partido lidera o meu partido e eu sigo o meu líder", assegurou.
Numa altura em que se prepara para tomar posse como presidente do Conselho Europeu, em dezembro, António Costa dedicou o seu discurso a elencar os desafios que a União Europeia enfrenta na atualidade.
No final desse discurso na Academia Socialista, em Tomar, Santarém, o ex-primeiro-ministro fez notar que, "nos próximos anos", vai estar "mais ausente" da vida partidária.
"Como creio que todos compreendem, nos próximos anos estarei menos presente na atividade do dia a dia do PS do que estive nos últimos muitos anos. Mas aquilo que vos queria dizer a todos é que essa minha maior ausência não significa menor pertença ao meu partido, que é o Partido Socialista, e que continuará sempre a ser", garantiu. "Portanto, pode ser que me vejam menos, mas eu estou cá."
[Notícia atualizada às 21h23]
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