A deputada do Partido Socialista (PS), Marina Gonçalves, criticou esta quarta-feira as declarações da ministra da Saúde sobre o de Emergência e Transformação da Saúde, realçando que revela "uma impreparação" do Governo .
"[O Governo] chega, diz que o que está não funciona e, a seguir, para o que está a ser feito e começa um novo plano de emergência, que diz vir resolver os problemas em quatro meses e, a seguir, temos uma conferência de imprensa a dizer que, afinal, o problema é mais grave, estrutural e é preciso um conjunto de meios que implica uma reforma a médio longo prazo e, por isso, não consegue no curto prazo responder à expectativa que criou junto da população", afirma Marina Gonçalves em declarações aos jornalistas.
A também ex-ministra da Habitação considera que "este é um padrão" do Governo da Aliança Democrática (AD), cujos problemas temos assistido não só na área da Saúde, mas também na Educação e Habitação.
Segundo a ex-governante, as declarações da ministra Ana Paula Martins vêm agora revelar "que o plano falhou", que "as soluções para o futuro não investem no SNS e nos seus profissionais", mas "vão agravar as condições, o investimento e o reforço necessário no SNS".
Em causa está o facto da responsável da tutela da Saúde ter admitido que não conseguiam "mudar tudo em três meses". "Não, não conseguimos", afirmou.
Marina Gonçalves realça que o PS considera que o SNS precisa de "medidas a médio curto prazo", ao contrário deste Governo, criticando "a impreparação" do ministério "para resolver e ter um plano traçado para o SNS".
"O SNS precisa de investimento e de reforço de medidas", afirma Gonçalves, observando que, atualmente, verifica-se "um agravar dos números com o plano que foi criado" e essa "responsabilidade" tem de ser tomada pelo atual Executivo.
Sublinhe-se que o Plano de Emergência e Transformação da Saúde é composto por 54 medidas, 12 das quais concluídas e 40 em fase de implementação, segundo os últimos dados do Governo.
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