Pedro Nuno diz que se fosse por medo eleitoral já teria "viabilizado OE"

O líder socialista afirmou hoje que se a decisão do PS sobre o Orçamento do Estado para 2025 dependesse exclusivamente do medo de eleições, já teria dito há muito tempo que viabilizaria a proposta do Governo.

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© José António Rodrigues/Partido Socialista/Flickr

Lusa
09/10/2024 22:06 ‧ 09/10/2024 por Lusa

Política

Partido Socialista

"Até porque sistematicamente vão explicando que o Governo até poderia ter ganhos de causa em ir para eleições e o PS seria penalizado, todos os portugueses compreendem que o PS não quer eleições e por isso nós devemos trabalhar para que essas eleições sejam evitadas. Não a todo o custo, não a qualquer preço", defendeu Pedro Nuno Santos em entrevista esta noite à TVI/CNN.

 

Segundo o líder do PS, "não é bom para a democracia que o PS viabilize um orçamento a qualquer custo ou a qualquer preço".

Questionado se tem medo de ir às urnas, Pedro Nuno Santos respondeu que, caso a decisão do PS "fosse norteada exclusivamente pelo medo de eleições", já tinha dito que "viabilizava o orçamento há muito tempo".

"Mas isso era um péssimo serviço à democracia porque isso significaria que o PS se anularia e nós teríamos um partido que já tem mais de um milhão de votantes solto e livre na oposição", explicou.

O secretário-geral do PS defendeu que, para a qualidade da democracia portuguesa, "é muito importante que a viabilização deste orçamento seja feita com uma negociação que resulte num acordo".

"E em que PS sinta que teve ganhos de causa que justifiquem a elevada flexibilidade do PS que é votar um orçamento em que em 90% das medidas terá muitas dúvidas e mesmo oposição em relação a algumas", acrescentou.

Para Pedro Nuno Santos, não se pode "transportar para cima do PS" a pressão sobre uma eventual crise política, referindo que em 2021, quando António Costa era primeiro-ministro, "a pressão para garantir a viabilização do orçamento estava sobre o Governo e hoje está sobre o maior partido da oposição".

"Neste momento não temos acordo e isso implica que nós partamos para o processo orçamental de outra forma", avisou.

Leia Também: Sem acordo no OE, houve RTP, Belém e... candidatos? Que disse Pedro Nuno

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