No debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), na Assembleia da República, o líder do Chega considerou que "o PS deixou de ser o partido da oposição, é o partido que sustenta o Governo" e defendeu que o "principal partido da oposição é o Chega".
Na resposta, o primeiro-ministro afirmou que, para o Governo, o maior partido da oposição é o PS" e justificou que essa "é uma questão matemática".
"Não há nenhum acordo político entre PSD, CDS e PS", salientou.
Luís Montenegro afirmou que "esta não é uma guerra do Governo, nem com os partidos que suportam o Governo", que está "concentrado em governar".
"O nosso campeonato é governar", disse, considerando que o "campeonato do Chega é o campeonato das equipas que não querem descer".
Na sua intervenção, na qual usou parte do tempo a falar sobre a polícia e os tumultos dos últimos dias, o líder do Chega afirmou que o OE2025 é um "orçamento PSD/PS que ficará para a história como o início de um novo bloco central".
André Ventura repetiu a crítica de que o orçamento "continua a mesma lógica de dar com uma mão e tirar com a outra" e de ser "igualzinho ao PS".
O líder do Chega indicou também que o seu partido irá apresentar propostas de alteração na especialidade, uma da quais para a descida da taxa de IRC em dois pontos percentuais, e questionou se teria a concordância dos partidos que sustentam o Governo.
O presidente da Assembleia da República interveio e indicou que o regimento do parlamento "diz que [um deputado] não se deve desviar do assunto em discussão na ordem de trabalhos" e que teria outras oportunidades para terminar o raciocínio.
André Ventura protestou, defendendo que na sua opinião não cabe a Aguiar-Branco avaliar se se desviou do assunto. O presidente do parlamento insistiu que lhe compete fazer essa avaliação: "Não vale a pena jogo floral com o presidente da Assembleia da República, nessa matéria não tem razão".
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