"Estamos hoje numa empresa que produz componentes automóveis, que até ver tem clientes e encomendas, mas está em risco de fechar no próximo mês, enviando para o desemprego centenas de mulheres. Precisamos de resposta não só para esta fábrica, mas para um conjunto de fábricas que estão a fechar e colocam em causa a economia e o emprego em zonas cruciais para a industria portuguesa", afirmou Mariana Mortágua, numa ação de solidariedade com trabalhadoras da Cablerías, uma empresa de Valença, distrito de Viana do Castelo, em processo de insolvência.
Para a líder bloquista, "Portugal está em risco de ter uma vaga de despedimentos ainda maior e de por em causa o que resta da sua economia produtiva e o que resta da sua economia industrial".
Mariana Mortágua pede, por isso, um plano de emergência para os trabalhadores e um plano de emergência económica.
"Precisamos que o governo pense sobre qual a estratégia industrial para estas zonas e empresas que estão a fechar", disse.
Para a coordenadora do BE, embora o Governo diga que não quer interferir com a economia, "ao mesmo tempo interfere".
"O Governo está a fazer uma lei dos solos que vai criar negócios imobiliários, está a negociar o aeroporto de Lisboa que vai prolongar uma concessão à ANA, decidiu uma lei dos portos para entregar a gestão dos portos sem concursos. O Governo está todos os dias a fazer coisas que interferem com a economia, mas depois, perante despedimentos, diz que nada pode fazer", lamentou.
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