O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, recorreu à rede social X para prestar uma homenagem à escritora Maria Teresa Horta que morreu, esta terça-feira, aos 87 anos.
"No dia da partida de Maria Teresa Horta presto em meu nome e do Partido Socialista homenagem sentida a uma vida dedicada ao jornalismo, à poesia e à ficção, à militância permanente e sem tréguas pelos direitos das mulheres e, em especial, à coragem inspiradora que quebrou os silêncios da ditadura e abriu caminho a quem construiu a Liberdade e Democracia", pode ler-se na publicação.
Nascida em Lisboa, em 1937, Maria Teresa Horta frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi dirigente do ABC Cine-Clube e militante ativa nos movimentos de emancipação feminina.
No dia da partida de Maria Teresa Horta presto em meu nome e do Partido Socialista homenagem sentida a uma vida dedicada ao jornalismo, à poesia e à ficção, à militância permanente e sem tréguas pelos direitos das mulheres e, em especial, à coragem inspiradora que quebrou os… pic.twitter.com/DIJ7DXTIUT
— Pedro Nuno Santos (@PNSpedronuno) February 4, 2025
Como escritora, estreou-se no campo da poesia em 1960, mas construiu um percurso literário composto também por romances e contos.
Com livros editados no Brasil, em França e Itália, Maria Teresa Horta foi a primeira mulher a exercer funções dirigentes no cineclubismo em Portugal e é considerada um dos expoentes do feminismo da lusofonia.
Foi amplamente premiada ao longo da sua carreira literária, destacando-se, só nos últimos anos, o Prémio Autores 2017, na categoria melhor livro de poesia, para 'Anunciações', a Medalha de Mérito Cultural com que o Ministério da Cultura a distinguiu em 2020, o Prémio Literário Casino da Póvoa que ganhou em 2021 pela obra 'Estranhezas'.
Em dezembro, Maria Teresa Horta foi incluída numa lista elaborada pela estação pública britânica BBC de 100 mulheres mais influentes e inspiradoras de todo o mundo, que incluía artistas, ativistas, advogadas ou cientistas.
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