Nuno Pardal Ribeiro demite-se de vice-presidente da distrital do Chega

O dirigente do Chega Nuno Pardal Ribeiro, que foi acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores agravados, demitiu-te da vice-presidência da distrital de Lisboa do partido, depois de renunciar ao mandato de deputado municipal.

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Lusa
06/02/2025 14:10 ‧ há 2 horas por Lusa

Política

Lisboa

A informação foi transmitida pela Comissão Política Distrital de Lisboa, em comunicado assinado em conjunto com o Conselho de Jurisdição Distrital de Lisboa.

 

"Nuno Pardal Ribeiro renunciou, já, ao seu mandato como vice-presidente desta Comissão Política Distrital, por entender não reunir condições para o efeito, pedido este que foi aceite com efeitos imediatos", lê-se na nota.

A distrital de Lisboa do Chega, presidida pelo deputado Pedro Pessanha, disse ter recebido "com profunda consternação" as "acusações de extrema gravidade" contra Nuno Pardal Ribeiro e repudiou "quaisquer atos que atentem contra os valores" defendidos pelo partido.

De acordo com o jornal Expresso, os dois crimes de prostituição de menores agravados a que Nuno Pardal está acusado pelo Ministério Público foram cometidos contra um rapaz de 15 anos, que conheceu no Grindr, uma aplicação usada para convívio entre homossexuais.

"Estas alegações, a serem verdadeiras, configuram uma violação grave dos princípios éticos e legais que norteiam a nossa atuação política", indica o Chega.

A estrutura de Lisboa do partido liderado por André Ventura aponta o direito "à presunção de inocência", mas refere que "as acusações em questão são de uma natureza" que não podem ser ignoradas, "dada a responsabilidade ética e moral" que devem ter enquanto "representantes públicos".

"Moralmente, consideramos que a gravidade das alegações compromete a integridade e a confiança que os cidadãos depositam nas instituições democráticas e nos seus representantes", acrescenta a Comissão Política Distrital de Lisboa, que assinala o "compromisso com a justiça e com os princípios éticos que norteiam" a sua atuação política.

O Chega Lisboa diz ainda que vai aguardar "serenamente que o processo judicial siga o seu curso, na esperança de que a verdade prevaleça e que a justiça seja plenamente realizada.

Contactado pela Lusa, o deputado municipal do Chega confirmou a notícia de que foi acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores agravados, e indicou que vai pedir renúncia ao mandato autárquico para "preservar a imagem do partido" e também para tratar da sua defesa.

Nuno Pardal Ribeiro alegou que "os factos que estão descritos, alguns, ou seja, os mais graves, não correspondem à verdade", mas recusou adiantar mais detalhes.

"Neste momento, o que menos importa é saber se eu continuarei ou não continuarei a ser militante", apontou Nuno Pardal, referindo que a sua primeira preocupação é preservar o seu núcleo familiar e "tentar demonstrar" a sua inocência.

A Direção Nacional do Chega e o líder do partido, André Ventura, mantêm-se em silêncio sobre este caso.

De acordo com procurador Manuel dos Santos, do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Cascais, citado pelo jornal Expresso, "o arguido sabia que o assistente tinha 15 anos e era sexualmente inexperiente", praticou sexo oral com o menor e, no fim, enviou um código através do MbWay para que o adolescente pudesse levantar 20 euros.

O caso terá sido denunciado à Polícia Judiciária pelos pais do menor depois de terem tido acesso às mensagens do WhatsApp no telemóvel do filho.

A castração química de pedófilos foi uma das bandeiras defendidas pelo Chega, proposta que apresentou mais do que uma vez desde que está representado no parlamento.

Leia Também: MP acusa dirigente do Chega de pagar a jovem de 15 anos para ter sexo

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